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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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E depois de Gaspar?

JFD, 01.07.13

AS NOTÍCIAS dão conta da saída de Vítor Gaspar do governo de PPC. Em linguagem desportiva estamos diante de uma verdadeira "chicotada psicológica", porque Gaspar assumia no governo a função que um treinador de futebol, por exemplo, assume num clube - é o mentor de uma ideologia, de um modelo de gestão, responsável pela escolha do plantel, etc. A estratégia do governo foi, até agora, da exclusiva responsabilidade e (in)competência de VG. A saída deste é, em traços largos, o fim do governo, e a promessa de um novo, mesmo que o líder formal se mantenha. Haverá uma enorme expectativa para saber que rumo Portugal tomará, que tipo de austeridade teremos, e até que ponto as regras da troika e o ir além da troika estavam condicionadas pelo ministro das Finanças cessante. 

Já agora, uma esperança: que nas universidades a sociologia e a história façam parte da formação em Finanças, porque não há números sem pessoas, nem teorias sem história. 

 

(também ali)

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ...

José Aníbal Marinho Gomes, 23.03.13

Ups! Afinal a culpa do regaste não foi só do José Sócrates!

Vítor Gaspar reconhece isso mesmo no artigo que escreveu para 'site' do Ministério de Finanças alemão.

"No geral", nota Gaspar, "é agora claro que Portugal não adaptou as suas instituições para as exigências da participação na zona euro", o que tornou "urgente e obrigatório" o pedido de resgate financeiro de 2011.

"Em abril de 2011, o pedido de assistência financeira internacional foi inevitável. Desta vez, o ajuste não foi só urgente - era obrigatório", considera.

 Após estas declarações, já nada pode ficar como está. Pelos vistos a culpa é bem anterior a José Sócrates. Começa no Governo de António Guterres e consolida-se no governo de Durão Barroso.

 


 

O GRAU ZERO da credibilidade

Pedro Quartin Graça, 22.01.13

Portugal pede mais tempo para pagar à troika

Vítor Gaspar pede mais tempo mas ainda não sabe se terá que pagar mais juros e promete regresso aos mercados dentro de "prazo de tempo muito curto".

 

Passos Coelho diz Portugal não pedirá mais dinheiro nem mais tempo à "troika"

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta quinta-feira, que Portugal não vai pedir "um novo programa de ajuda" externa, nem "mais dinheiro" relativamente ao actual, nem "mais tempo" para o cumprir.

"O cão que guia o cego"

Pedro Quartin Graça, 06.01.13

Pelo EXPRESSO desta semana de 40º Aniversário ficámos a saber: "Ao contrário do que se poderia supor, o Dr. Relvas é pouco interventivo nos conselhos de ministros e reserva-se para alertas políticos (“isso vai ser chato…”). As reuniões de quinta-feira caracterizam-se pela acção predatória do ministro das Finanças: “Gaspar junta à inflexibilidade técnica e ao tom de mestre-escola um sentido de humor por vezes negro — ou arrogante”. A verdade é que «Passos não contraria Gaspar. Pelo contrário, são referidas as suas alusões ao que pensa o ministro como uma espécie de reverência — “O Vítor diz que…”, “o Vítor acha”, “o Vítor pensa…”.» O ascendente de Gaspar sobre Passos é comparado no CDS com “o cão que guia o cego”.