E depois de Gaspar?
AS NOTÍCIAS dão conta da saída de Vítor Gaspar do governo de PPC. Em linguagem desportiva estamos diante de uma verdadeira "chicotada psicológica", porque Gaspar assumia no governo a função que um treinador de futebol, por exemplo, assume num clube - é o mentor de uma ideologia, de um modelo de gestão, responsável pela escolha do plantel, etc. A estratégia do governo foi, até agora, da exclusiva responsabilidade e (in)competência de VG. A saída deste é, em traços largos, o fim do governo, e a promessa de um novo, mesmo que o líder formal se mantenha. Haverá uma enorme expectativa para saber que rumo Portugal tomará, que tipo de austeridade teremos, e até que ponto as regras da troika e o ir além da troika estavam condicionadas pelo ministro das Finanças cessante.
Já agora, uma esperança: que nas universidades a sociologia e a história façam parte da formação em Finanças, porque não há números sem pessoas, nem teorias sem história.
(também ali)