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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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A falsa isenção de Marques Mendes e a verdadeira alternativa Monárquica

José Aníbal Marinho Gomes, 07.02.25

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Luís Marques Mendes anunciou ontem, na apresentação da sua candidatura a Belém, a sua desfiliação do Partido Social Democrata (PSD), numa tentativa de se apresentar como um candidato isento e independente. No entanto, esta alegação de isenção é altamente questionável, uma vez que as suas ligações ao partido permanecem evidentes.

Ainda em Outubro de 2024, Marques Mendes marcou presença no Congresso do PSD, elogiando o actual líder, Luís Montenegro, e afirmando razões “afectivas e políticas” para a sua participação. Mais recentemente, em Janeiro de 2025, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, confirmou que o partido veria com bons olhos uma candidatura de Marques Mendes, chegando a referi-lo como “um extraordinário candidato”. Ora, entregar um cartão de militante não apaga anos de envolvimento partidário nem garante verdadeira imparcialidade.

Como bem disse Ângelo Correia, também destacado militante do PSD, os portugueses estão “cansados” dos candidatos partidários e procuram uma figura que realmente esteja acima das divisões políticas, algo que Marques Mendes não pode verdadeiramente oferecer. Neste contexto, é importante refletir sobre a solução mais eficaz para garantir uma liderança isenta e unificadora.

Numa monarquia constitucional, o chefe de Estado não é um político de carreira nem está sujeito a jogos partidários. Desde o nascimento, o monarca é preparado para servir a nação como um elemento neutro e estabilizador, sendo um verdadeiro representante de todos os cidadãos, independentemente das suas convicções políticas.

A actual insatisfação popular com os partidos políticos e a busca por lideranças autênticas mostram que a monarquia constitucional continua a ser uma alternativa válida para garantir estabilidade, isenção e continuidade na chefia do Estado. Se realmente queremos um país menos dividido e uma liderança verdadeiramente imparcial, talvez esteja na hora de reconsiderar o papel da monarquia em Portugal.

 

* O autor não escreve segundo o acordo ortográfico de 1990.

 

 

UMA ASSEMBLEIA MUNICIPAL APODRECIDA

Pedro Quartin Graça, 18.02.11

 

Ex-Deputada Municipal do PSD renuncia ao mandato e "arrasa" bancada laranja, denunciando Tratado de Tordesilhas entre as bancadas do PS e do PSD na capital

 

Em post publicado no blog "A Esquina do Rio", de Manuel Falcão, Isabel Goulão, ex-deputada municipal independente pelo PSD, fala de manobrismo político da sua bancada municipal


"Apresentei hoje a renúncia ao mandato de Deputado Municipal. As razões são as que estão neste texto, publicado hoje em «A Esquina do Rio», no Jornal de Negócios. Não fazia sentido continuar com um mandato que deixei de exercer, quando, há um ano, ficou claro que a agenda da Direcção do Grupo do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, e da respectiva Distrital, era diferente da luta por uma Lisboa melhor e com sentido, que os vereadores eleitos da lista a que pertenci se esforçavam por desenvolver.

Custava-me caucionar, pelo silêncio, posições que muito me desagradavam. Esta semana, com a evidência de uma negociata política entre as Distritais do PSD e PS, com o objectivo de calar posições divergentes, achei que já não fazia sentido continuar numa Assembleia que privilegia evitar o debate aberto sem rédeas partidárias, erguendo um muro à sua volta, voltando costas à cidade. Manopras partiodárias destas, como as protagonizadas pela Direcção da bancada do PSD e respectiva Distrital, de facto contribuem para denegrir a imagem da actividade política. Mas são um espelho fiel da realidade partidária. Aqui está o texto em que explico as minhas razões: «Leio, e nem acredito: «Os deputados municipais do PS e do PSD em Lisboa recusaram terça-feira, na assembleia municipal, enviar para discussão pública propostas de reorganização das freguesias, alternativas àquela negociada por socialistas e sociais-democratas».

Aquilo que podia ser uma boa coisa – a diminuição do número de freguesias e uma reordenação da cidade – tornou-se num case study de manobrismo político. Este é o retrato do pior que existe na traficância de interesses partidários, é o retrato da arrogância e soberba das lideranças dos partidos do bloco central na assembleia municipal de Lisboa. Fui eleito, como independente, mas na lista do PSD, em 2009, para a Assembleia Municipal de Lisboa e depois das primeiras reuniões deixei de participar nos trabalhos, solicitando a substituição, em cada reunião, há mais de um ano. Sobre o assunto tenho mantido silêncio, mas há muito que discordo da actuação da liderança do PSD na Assembleia, discordo da sua relação com a equipa de vereadores social-democratas, e discordo da forma como tem sido conivente com um funcionamento perfeitamente inútil da Assembleia Municipal. A minha curtíssima experiência autárquica faz-me desconfiar da utilidade deste órgão – um mini parlamento para auto satisfação oratória de alguns funcionários políticos, que promovem reuniões atrás de reuniões, na generalidade vazias e muitas delas inúteis, para justificar umas senhas de presença e dar uma ilusão de debate.

Só que, como se vê, quando o debate público é preciso, ele é abafado. A Assembleia devia ser o garante da relação com os Munícipes, e não um obstáculo. Com esta decisão a Assembleia Municipal de Lisboa ergueu à sua volta um muro que a separa da cidade. PS e PSD foram os obreiros desta obra, um tratado de Tordesilhas da capital, negociado directa e exclusivamente entre as estruturas distritais dos dois partidos, com a benção de António Costa. Assim sendo não se percebe para que serve a Assembleia Municipal – é uma mera figura de corpo presente. Esta semana entreguei a minha renúncia ao mandato de deputado municipal. No estado em que as coisas estão, não alimento a menor esperança que mudem.»

MPT DENUNCIA O ACORDO AUTÁRQUICO DE SINTRA

Pedro Quartin Graça, 15.11.09

A Comissão Política Nacional do MPT informou hoje em comunicado dirigido aos Órgãos de Comunicação Social ter deliberado denunciar o Acordo Autárquico celebrado por ocasião da Eleição dos Órgãos das Autarquias Locais com o PSD, o CDS e o PPM referente ao Município de Sintra em virtude do reiterado incumprimento dos termos políticos acordados entre as Partes, da responsabilidade exclusiva do Presidente da Câmara Municipal de Sintra e da estrutura local do Partido Social Democrata.

A CPN do MPT lamentou ainda que, tendo sido o MPT o impulsionador da existência em Sintra no ano de 2005 de uma coligação alargada a quatro partidos, coligação esta que nas últimas eleições autárquicas realizadas em Outubro passado mereceu, de novo, a confiança da esmagadora maioria dos Sintrenses, esse elo de confiança que permitiu a vitória da coligação “Mais Sintra”, venha agora, no período pós-eleitoral, a ser posto em causa por atitudes que revelam a mais elementar ausência de diálogo e consideração política, institucional e pessoal por parte do Presidente da Câmara Municipal de Sintra relativamente ao MPT, à sua Comissão Política Nacional e aos seus dirigentes.

Cessaram para além disso e a partir desta data as relações institucionais entre o MPT – Sintra e a estrutura local do PSD. A representação do MPT na Assembleia Municipal de Sintra deve, em consequência, considerar-se politicamente desvinculada relativamente ao Acordo anteriormente celebrado.

A Comissão Politica Nacional do MPT afirma que não confunde a situação existente em Sintra com aquela que, no âmbito autárquico e com resultados positivos e relações de respeito mútuo, celebrou e desenvolve com o PSD, o CDS e o PPM em vários Municípios do País nem, tão pouco, as relações de cordialidade mantidas entre as direcções políticas nacionais de ambos os Partidos que deseja manter no futuro, a ser essa também a vontade do Partido Social Democrata. 

Menuela regressa ao desemprego...

Pedro Quartin Graça, 17.09.09

Manuela regressa ao desemprego, titula hoje o Diário de Notícias pela pena de Paula Sá. Não fosse o caso de sabermos que a Presidente do PSD é uma reputada profissional que, apesar de fogos cruzados recentes com Espanha, até trabalhou para o Banco Santander, poderíamos pensar que a Dra. Ferreira Leite teria caído na situação em que centenas de milhares de pessoas vivem actualmente em Portugal. Não era todavia o caso e, segundo a jornalista, o que sucede é que a líder do PSD ruma hoje ao norte do País onde vai investir toda a sua energia para ganhar as legislativas falando dos problemas dos portugueses. Nestes o desemprego é a prioridade. Depois de um outro artigo arrasador e vestido de "preto" para o seu partido, este segundo título não é mais simpático para a Presidente do PSD cheirando mesmo a vatícinio eleitoral por parte da sua autora...

Sondagem Aximage/CM - Sócrates vence debate

Pedro Quartin Graça, 13.09.09

Sócrates venceu o debate com Ferreira Leite, de acordo com uma sondagem realizada pela Aximage para o CM junto dos eleitores logo após o frente-a-frente entre o primeiro-ministro e a líder da Oposição. A sondagem foi realizada através de entrevistas telefónicas. À questão ‘quem ganhou o debate’, 45,6 por cento afirmou que foi Sócrates. Ferreira Leite colheu a opinião favorável de 30,2 por cento dos eleitores. Para 24,2 por cento dos inquiridos registou-se um empate. Um outro elemento parece seguro: este debate foi, ao que tudo indica, o mais visto da série de dez confrontos televisivos que colocaram frente a frente os líderes dos partidos com assento parlamentar, superando até as expectativas. Hoje são conhecidos os valores. Um elemento tanto mais relevante quanto é certo que os debates tiveram sempre audiências consideráveis, mais de um milhão de telespectadores.

Sondagens: PSD a 2 pontos do PS

Pedro Quartin Graça, 12.09.09

O nervosismo e a expectativa aumentam. As vozes críticas também. São os momentos anteriores às eleições de dia 27 em que PSD e PS surgem quase empatados na última sondagem feita pela Universidade Católica. No PSD há quem se lastime por Ferreira Leite não ter alargado a base social de apoio do partido ao não ter procurado tentar renovar um acordo pré-eleitoral com os ecologistas do MPT, hoje reunidos à volta da coligação eleitoral da FEH, capazes que eram estes de assegurar a maioria de que Leite necessitaria. No PS, António José Seguro prepara o pós-27 de Setembro certo de que se Sócrates não vencer, é hora de se chegar à frente, fundamentalmente se Costa perder para Santana Lopes a presidência da CML. Dia 28 um dos dois sorrirá. Para o outro começará a habitual "travessia do deserto"... que pode mesmo ser um deserto sem fim.

Anda tudo muito nervoso para as bandas do Bloco Central...

Pedro Quartin Graça, 02.09.09

Para as bandas do Bloco Central dos interesses anda tudo muito nervoso ultimamente. Para além da expectativa sobre o resultado das legislativas, onde, no final, e a fazer fé nos vários intervenientes que vieram falar publicamente nos últimos dias, todos acabarão nos braços uns dos outros (para quê então as eleições...?), são contudo as autárquicas as que mais parecem incomodar os social-democratas. Tendo necessidade imperiosa de ganhar, de novo, as eleições, o PSD parece encarar mal a hipótese de vir a perder algumas autarquias. E essa hipótese é verdadeiramente real. Sinal dessa nervoseira é o Município de Braga onde a candidatura do MPT veio estragar a "pré-festa anunciada" dos pretensos sucessores de Mesquita Machado.

Mas também em Penalva do Castelo as coisas não correm bem para o PSD. O mesmo se passa aliás em Nelas e em Ferreira do Zêzere.

Para as bandas do PS a situação é idêntica. Em Elvas o intratável Rondão ameaça tudo e todos e retira painés de propaganda da oposição sem dar cavaco a ninguém. Em Belmonte a Câmara socialista também já teve melhores dias. No Algarve a derrota do PS parece, aliás, inevitável.

 

Quem acode ao Bloco Central?

 

Isto é só aqui a gente a falar... *

João Távora, 24.06.09

Vamos ser claros, Duarte: tendo em conta a matriz do eleitorado do PSD, um novo partido deveria chegar-se à Direita desimpedindo o espaço ocupado pelos socialistas. Como tenho repetido aqui, uma bipolirização do espectro partidário seria uma oportunidade para a regeneração da democracia: urge um espaço unitário de direita. Considero que ao fim de mais de trinta anos de “centro” a Direita merece uma oportunidade, como a que esteve para acontecer antes da demanda totalitária do 11 de Março de 1975 interromper uma formidável dinâmica de vitória patenteada pelos PDC e CDS que equacionavam uma aliança. Desde aí que a Direita foi amaldiçoada e erradicada do mapa da nossa peculiar democracia.

E depois caro Duarte, não deves temer a "questão liberal": no caso português, em que o estado pesa mais de metade do PIB essa é uma questão patriótica. Sabemos o que quase quarenta anos de planificação "socialista" tem causado, por exemplo, na administração do território e no património arquitectónico: sempre em benefício duns quantos apaniguados patos bravos. Suspeito que de uma coisa o povo se vem apercebendo: o “centrão” não regula bem.

 

* infelizmente...