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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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A Piolheira II - Termómetro da Politica Portuguesa

José Aníbal Marinho Gomes, 19.04.13
Está a chegar o Verão e como tal é nesta altura que a propagação da piolheira pode ser maior. Não espere pela comichão, que pode aparecer até 15 dias após a presença na TV. Por isso é fundamental vigiar.

Recorde-se que a piolheira surge mais frequentemente nas mulheres devido aos cabelos normalmente mais longos.

Para detectar não é fácil, sobretudo para quem tem cabelo claro, oxigenado ou não, Robbialac ou Cin. Por isso recomenda-se a colocação de uma toalha branca sobre os ombros, e que se penteie e verifique a existência de piolheira na toalha. Deve utilizar um pente de dentes finos, específico para este efeito, e uma lupa. A lupa além de permitir verificar a existência dos parasitas, permite uma leitura mais atenta aos livros de História de Portugal, cuja matéria é praticamente invisível a olho nu para alguns pseudo-comentadores políticos da nossa praça.

Examine sobretudo as zonas acima da nuca e atrás das orelhas, onde a piolheira preferencialmente se aloja, por serem locais quentes e húmidos, e outros locais de semelhante amplitude térmica, não se esqueça ainda, dos livros, principalmente daqueles por onde se estudou história de Portugal, sobretudo do séc. XIX e XX.

Cuidado com a reinfestação pois é mais frequente do que se pode pensar!

Assim, aconselha-se a quem subitamente for acometido de um ataque de piolheira, que pode revestir também a forma de piolheira “mental”, a aplicação de um produto para o seu tratamento.

E esse produto é nem mais nem menos o “famoso” Quitoso. 

Só Quitoso mata Piolhos e Lêndeas, enfim a piolheira em geral!

Após a sua aplicação recomenda-se a lavagem dos objectos, livros escolares e roupas a mais de 60ºC e no caso dos livros escolares, após a sua lavagem, deve-se optar pela sua substituição, recorrendo a autores devidamente credenciados e sem tiques próprios de criaturas primárias.

Não se deve também esquecer de aspirar os estofos do carro, sofás e tapetes, inclusive os dos estúdios televisivos.

Depois do tratamento e como protecção é aconselhável a utilização de um champô com capacidade de ajudar a evitar a reinfestação, que facilite a remoção da piolheira morta e que para além de ter um efeito calmante sobre o couro cabeludo, tenha também um efeito indutor de um verdadeiro raciocínio e uma crítica histórico-política rigorosa.

Evite a pediculose!

Graça Franco e a "Piolheira"

José Aníbal Marinho Gomes, 15.04.13

 

Acabei de ouvir na RTP informação no programa "Termómetro da política portuguesa" apresentado por Carlos Daniel, a "jornalista" Graça Franco tecer algumas considerações sobre El-Rei D. Carlos que me deixaram algo perplexo.

Afirmar-se a propósito do título da entrevista do Dr. Mário Soares ao Jornal i "O Presidente Cavaco Silva devia lembrar-se da história do século xx. Por muito menos que isto foi morto D. Carlos", que a situação do actual PR não era comparável à do Rei D. Carlos, uma vez que este monarca para além de viver alheado da realidade era odiado pelo povo, a quem tratava como “piolheira”, é no mínimo leviana e demonstra total desconhecimento da história de Portugal, pelo que sugiro à Dr.ª Graça Franco que se fique pela sua área académica (economia) ou mesmo pelas Ciências da Informação área onde é pós graduada, deixando de lado este tipo de comentários que em nada dignificam a classe a que pertence...

Assim, aconselho vivamente a Dr. Graça Franco a ler a biografia de D. Carlos I da autoria do Prof. Dr. Rui Ramos, mas se os seus tiques de republicanismo primário a impedirem de realizar tal tarefa, recomendo pelo menos a leitura do artigo “Breve história da «Piolheira»” da autoria de Nuno Resende.  

Alguns meses antes do atentado D. Carlos sabia perfeitamente a situação do país e os riscos que corria, mesmo assim não se escondia como fazem hoje em dia os nossos políticos. Atente-se no desabafo ao seu ajudante de campo, tenente-coronel José Lobo de Vasconcelos: «Tu julgas que eu ignoro o perigo em que ando? No estado de excitação em que se acham os ânimos, qualquer dia matam-me à esquina de uma rua. Mas, que queres tu que eu faça? Se me metesse em casa, se não saísse, provocaria um grande descalabro. Seria a bancarrota. E que ideia fariam de mim os estrangeiros, se vissem o rei impedido de sair? Seria o descrédito. Eu, fazendo o que faço, mostro que há sossego no País e que têm respeito pela minha pessoa. Cumpro o meu dever. Os outros que cumpram o seu.».

Que Palavras sábias proferidas por um grande estadista!