Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

Excelência ...

João Távora, 30.07.09

...é uma arte que se domina com treino e habituação. Não agimos correctamente porque temos a virtude da excelência, mas podemos possuí-la porque agimos correctamente. Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, portanto, não é um acto, mas um hábito.

 

Aristóteles

 Daqui

 

Agradecemos aos nossos leitores os meses de companhia que nos dedicaram neste recanto de liberdade. Para quem nos quiser continuar a seguir, esperamos encontrarmo-nos todos quanto antes no Corta-fitas.


Até sempre

 

Absolutamente sem resposta

Duarte Calvão, 20.07.09

Avisam-me que aquilo que aqui escrevi sobre o encerramento de maternidades em cidades do interior de Portugal foi considerado "absolutamente tonto" por Maria João Pires, do Jugular. Fui ler e, além desta elegante sentença, só encontrei como argumento o da mortalidade infantil, sobre a qual já me tinha pronunciado numa resposta a um comentário. Ao contrário do que aconteceu com as discordâncias do civilizado Tiago Moreira Ramalho, do Corta-Fitas, neste caso não me apetece responder.

O delírio de Sócrates

João Távora, 06.07.09

A mitologia das obras públicas, da tecnologia e da “sociedade de informação” são outros exemplos destas crenças adolescentes, segundo as quais as grandes obras criam emprego, a tecnologia faz empresários e os computadores geram cultura e capacidades profissionais. Esta mitologia foi servida pela mais poderosa máquina de propaganda jamais criada em Portugal ao serviço de um governo. Assessores, consultores, agências, jornalistas, escribas, empresas especializadas e regras de comportamento e protocolo regularam a vida pública com uma minúcia inédita. Algures a meio do mandato, os governantes começaram a acreditar no que mandavam dizer de si e no que os seus servidores inventavam para os bajular. O resultado era previsível: desligaram do país que não se resumia à criação dos especialistas. Foi este clima que explicou, em parte, a maneira desastrada como o Primeiro-ministro se defendeu mal nos processos que o atingiram mais directamente, incluindo o do Freeport. 

 

António Barreto ontem em artigo no Publico sobre os fatais erros da governação Sócrates na legislatura que agora termina. Ler mais

 

Melomanias

João Távora, 23.06.09

Neste caso não concordo com o Henrique Raposo: Ravel compôs algumas das maiores estuchas contemporâneas, concertos para matraca e porta de elevador e coisas do género, mas eu considero o Bolero uma bela e emocionante obra, que conseguiu sobreviver ao excesso de exposição das modas. A ouvir, com o espírito propenso e com uma boa aparelhagem, onde nos possamos deleitar com os instrumentos que de forma  tão explicita e carnal exprimem as suas sonoridades e texturas, naquele ritmo quase hipnótico. De resto, Henrique, eu sou daqueles que se arrebatam com “mulheres difíceis” destas: os concerto nº 2 e 3 para Piano e Orquestra  de Rachmaninov levam-me aos píncaros. E também concordo com o seu avô: "Texaicov" é mesmo bom - macho e imperial. Decididamente como melómano sou um incurável reaccionário.
 

Leituras

João Távora, 11.06.09

Preservar uma educação aristocrática (ou simplesmente burguesa) num tempo marcado pela democracia de massas é tarefa extremamente difícil e desgastante. A resistência às pressões e às cedências para um estilo grosseiro, vulgar, excessivo, exige um esforço psíquica e cultural que os mais fracos nem sempre conseguem suportar (...).

 

Domenico Fisichella - Elogio da Monarquia, actualidade de um património da ciência política e da história. Guimarães Editores - Lisboa.

O adivinho espantado

João Távora, 27.05.09

por Eugénia Gambôa no i

As opiniões mudam e é o espanto. Pela primeira vez desde 1995, segundo dados da Gallup, a maioria (51%) dos adultos norte-americanos identifica-se como pró-vida na questão do aborto. Uma viragem à "direita" dos americanos nas questões morais. Surpreendente? Não.

(…) Ninguém é dono e senhor do progresso. Ninguém pode partir do pressuposto de que todas as mudanças são benéficas. Em sociedades abertas e livres, a percepção pública resulta de uma avaliação contínua de propostas e projectos. As sociedades mudam mas a um ritmo próprio independente das legislaturas políticas. Esta mudança na opinião é sobretudo uma lição de humildade intelectual e um alerta para a "adivinhação político-social" que, apesar de estar em voga, ainda não é ciência.

 

na integra aqui:

Uma verde (ade) inconveniente

João Távora, 11.05.09

(...) Uma das coisas menos más quando o Porto é campeão é nós aqui em Lisboa nem os ouvirmos. Parece mesmo que nem houve título. (...) O certo é que, tirando a Avenida dos Aliados e os directos televisivos, ninguém ouve buzinadelas na maior parte do país. E isso é muito bom, acreditem.

A outra coisa muito boa é termos a certeza que o Benfica não ganha nada. (...)

 

Bernardo Pires de Lima no União de Facto -  já na barra lateral.