Christine Lagarde e a Lição a Gaspar
VALORIZO as pessoas que são capazes de reconhecer os seus erros e arrepiar caminho em tempo oportuno, não arrastando consigo quem os rodeia rumo ao abismo por teimosia. Está pois, implícito, que não valorizo, nada, Vítor Gaspar. A arrogância intelecutal não é sinónimo de competência mas teimosia. Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, não há muito tempo atacou os países periféricos, falou em populações a viver acima das suas possibilidades, discurso importado ipsis verbis por Passos Coelho e Vítor Gaspar. Em tempo oportuno percebeu (ou fizeram-na perceber) que a austeridade não era rumo algum e que o que havia dito era absurdo. Infelizmente, o recuo paradigmático em nada demoveu o governo português ou a troika, deixando transparecer que esta última é age à revelia do FMI e que é Vítor Gaspar, Angela Merkel e os bancos europeus quem a comanda. Ontem Lagarde afirmou que é necessário limpar o sistema financeiro e encerrar bancos que não valham apena manter em cuidados paliativos. Ninguém vai ouvir, certamente.
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