Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

Teoria da Conspiração: A demissão de Paulo Portas!

José Aníbal Marinho Gomes, 03.07.13

Será que a reunião do Clube de Bilderberg, realizada entre os dias 6 e 8 de Junho de 2013 no The Grove Hotel, em Hertfordshire, Inglaterra, está relacionada com a demissão de Paulo Portas? 

Antes de mais vejamos a Lista dos Participantes de Portugal na reunião do Clube de Bilderberg e os motivos pelos quais as duas novas caras portuguesas deste ano devem ter sido convidadas:

Francisco José Pereira Pinto Balsemão, Licenciado em Direito, Ex-Primeiro Ministro, Membro Fundador do PSD, condecorado com várias ordens militares, CEO do grupo Impresa, dono da SIC, Jornal Expresso, revista Visão, etc., membro permanente nas conferências Bilderberg. É ele quem escolhe os outros convidados Portugueses, à excepção do actual Presidente da Comissão Europeia.

José Manuel Durão Barroso (Presidente da Comissão Europeia, Ex-Primeiro Ministro de Portugal, condecorado com várias ordens militares.

Paulo de Sacadura Cabral Portas, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Líder do CDP/PP, jurista, jornalista, etc.

António José Martins Seguro, Líder do Partido Socialista, Ex-Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro no XIV Governo Constitucional, licenciado em Relações Internacionais, etc.

Em anteriores conferências Bilderberg, participaram alguns políticos que depois vieram a ser confirmados como líderes de governo. Santana Lopes e Sócrates tornaram-se primeiros-ministros depois de irem a este encontro. Assim entendemos a presença de António José Seguro, já que esta conferência serve de baptismo para os novos líderes.

No que toca à presença de Paulo Portas, a escolha parece-me óbvia, se por um lado ele é líder de um partido e representa a continuidade do actual governo em funções, uma vez que o CDS é (era) o pilar do mesmo, no caso de uma queda do governo e de uma vitória do Partido Socialista sem maioria absoluta e sem entendimento à esquerda, o CDS, e Paulo Portas em particular, como líder deste partido representará também um pilar de sustentabilidade do novo governo socialista.

Será que este grupo de “elite” mundial, mas que elite..., que se encontra anualmente em segredo, qual “sociedade secreta”, é que decide quem são os novos líderes nos vários países?

«O que ocorre no Mundo não acontece por acidente: existem os que se encarregam para que ocorra. A maio­ria das questões nacionais ou relativas ao comércio estão estreita­mente dirigidas pelos que detêm o dinheiro», quem o afirmou foi Denis Winston Healy, Baron Healey de Riddlesden, político Trabalhista britânico e ex-ministro da Defesa.

Também não podemos esquecer que desde o início da coligação, o Primeiro–Ministro Pedro Passos Coelho, tratava o CDS tendo em conta apenas o seu resultado eleitoral, esquecendo-se que numa coligação, um partido ainda que minoritário, vale sempre mais do que o resultado eleitoral obtido e nunca é dispensável.

Vejamos agora se o Presidente da República acorda definitivamente e faz aquilo que lhe compete...

Inseguro quanto a Seguro

JFD, 29.04.13

Quem por aqui passa e quem me conhece sabe que tenho feito aguerridas críticas ao governo de Vitor Gaspar. Felizmente, o capitalismo e a bancocracia ainda nos permitem o uso livre da palavra. Mas as manhas de cólera quanto ao governo e quanto aos rumos da Europa não se ficam por tais margens. Há em mim um desconforto quanto à Esquerda onde voto. Enquanto o PCP vai alterando o seu rumo, felizmente, tornando-se num partido democrático em processo, o BE está ainda a definir que modelo de sociedade deseja. Resta-nos, inevitavalmente, o PS, uma espécie de "do mal o menos". 

Tive alguma atenção ao Congresso Socialista e, claro, tenho ouvido e lido António José Seguro pela imprensa a fora. Não gosto do seu jeito de fazer política. Há nele um discurso populista e de pré-campanha permanente, apresentando-se como alguém que deseja assaltar o poder a qualquer custo mas que não perdeu ainda tempo a pensar o que fará quando lá chegar. AJS faz-me lembrar um treinador de futebol cujo sonho é treinar o Real Madrid ou Manchester United, por exemplo, e que passou tanto tempo a anunciar-se como candidato ao lugar que se esqueceu de preparar o dossier de gestão do plantel: não sabe quem contratar, que modelo de jogo imprimir, que estratégia de mercado terá, etc.

É por isso que AJS é um dos grandes responsáveis pela continuação de Gaspar-Coelho no poder. Ninguém o leva a sério, ninguém sabe o que ele pretender fazer, só se sabe que quer ser primeiro-ministro. 

 

[também ali]