Nápoles
Numa semana fatídica, com toda a Itália debaixo de impiedoso dilúvio, são os indianos os mais bem sucedidos no negócio da venda por atacado. Caminham nas ruas da cidade submersa a empurrar insólitos carrinhos de bebé convertidos em mostruários de guarda-chuvas. Abordados, riem-se demoradamente, como se o riso fosse o melhor remédio para todos os suplícios. “No Inverno vendo guarda-chuvas, no Verão tenho um tuc-tuc que uso como táxi”, diz Rabal, andarilho de Calcutá. E porque trocou a Índia pela Itália, já agora? “Pensava que aqui não havia monções”.