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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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Inseguro quanto a Seguro

JFD, 29.04.13

Quem por aqui passa e quem me conhece sabe que tenho feito aguerridas críticas ao governo de Vitor Gaspar. Felizmente, o capitalismo e a bancocracia ainda nos permitem o uso livre da palavra. Mas as manhas de cólera quanto ao governo e quanto aos rumos da Europa não se ficam por tais margens. Há em mim um desconforto quanto à Esquerda onde voto. Enquanto o PCP vai alterando o seu rumo, felizmente, tornando-se num partido democrático em processo, o BE está ainda a definir que modelo de sociedade deseja. Resta-nos, inevitavalmente, o PS, uma espécie de "do mal o menos". 

Tive alguma atenção ao Congresso Socialista e, claro, tenho ouvido e lido António José Seguro pela imprensa a fora. Não gosto do seu jeito de fazer política. Há nele um discurso populista e de pré-campanha permanente, apresentando-se como alguém que deseja assaltar o poder a qualquer custo mas que não perdeu ainda tempo a pensar o que fará quando lá chegar. AJS faz-me lembrar um treinador de futebol cujo sonho é treinar o Real Madrid ou Manchester United, por exemplo, e que passou tanto tempo a anunciar-se como candidato ao lugar que se esqueceu de preparar o dossier de gestão do plantel: não sabe quem contratar, que modelo de jogo imprimir, que estratégia de mercado terá, etc.

É por isso que AJS é um dos grandes responsáveis pela continuação de Gaspar-Coelho no poder. Ninguém o leva a sério, ninguém sabe o que ele pretender fazer, só se sabe que quer ser primeiro-ministro. 

 

[também ali]