Costas Largas II
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Apenas um dia depois de ter escrito aqui o post "Costas Largas" a propósito dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa representarem apenas 10,3% dos custos da empresa, em contraponto com o "grosso" das despesas ser afecta ao pagamento dos empréstimos e dos juros da dívida, eis que, mais uma vez, 2 comboios descarrilaram na Linha de Cascais, deixando espaço para este "Costas Largas II", dedicado a todos quantos usam uma linha obsoleta, que não recebe investimento e é deixada ao abandono. Este "mais uma vez" porque, ainda o ano passado, um acidente aparatoso em Caxias interrompeu a Linha, seguindo-se a outro descarrilamento ocorrido junto ao Cais do Sodré. Já em 2011 o "i" relatava um diagnóstico que falava de "comboios com motores dos anos 50 que já não se fabricam", entre outras preciosidades da arqueologia ferroviária...
Refere hoje o Público a vedade que todos sabem: "A Linha de Cascais possui o material circulante suburbano mais antigo da CP. A empresa cancelou em 2010 um concurso para a compra de novos comboios para a Linha de Cascais devido à crise." A crise, essa, que permite injectar milhões na banca mas deixa o material circulante a degradar-se de forma assustadora, porque as empresas de transporte consomem muitos recursos...
A crise, cujos contornos da fraude do BPN nos são dados a conhecer por estes dias na SIC, e cuja dimensão (7 mil milhões de euros) dava e sobrava para uns "miseros" comboios novos, que custavam 300 milhões.
Em 2010 esta linha transportou 30 milhões de passageiros e tem uma importância internacional, já que para mais serve a zona turistica da Costa do Estoril.