Adivinha-se um verão quente
Adivinha-se um verão quente, não como o verão quente de 1975 com relatos como os que ouvi há dias contados na primeira pessoa por quem sofreu com atentados bombistas, incêndios, despedimentos políticos… mas, em todo o caso, um preocupante verão quente.
Adivinha-se um verão quente porque as temperaturas tendem a subir com as alterações climáticas constantes, porque sabemos com elas vêm a baixa de humidade e porque se aliarmos um pouco de vento… teremos fogos florestais que serão devastadores como já estamos habituados.
Adivinha-se um verão quente porque, uma vez ocorridos os incêndios florestais, teremos de contar com os nossos Bombeiros Voluntários que continuam mal equipados, com EPIs (Equipamento de Protecção Individual) obsoletos e que os colocam em perigo, com veículos desadequados para as deslocações que são forçados a fazer pelo País fora para reforçar os meios nos teatros de operação e com poucos meios aéreos que o governo teima em contratar em cima do acontecimento através de ajustes directos após deixar cair os concursos públicos.
Adivinha-se um verão quente porque será o verão dos meses que antecedem as eleições legislativas e o aproveitamento político dos partidos da frente esquerda será mais do que obvio, aliás, aposto como não veremos líder do governo de férias aquando dos incêndios à imagem do que ocorreu no verão passado.
Adivinha-se um verão quente também no plano judicial já que uma vez iniciados processos que envolvem autarcas ligados ao partido do governo esperamos atentamente que elações e responsabilidades serão apuradas, quantos mais estarão na teia e que proporções atingirão os ditos processos. Ai se fosse um governo de direita…
Adivinha-se um verão quente na segurança interna porque a agenda da esquerda teima em tentar colocar a população contra as forças de segurança e “diabolizar” os elementos que as compõem. Com a ajuda desvergonhada da comunicação social ficam os elementos que têm como missão zelar pela nossa segurança com o ónus da violência não lhes bastando as faltas de condições laborais, os poucos meios técnicos para agir, os vencimentos baixos e a precariedade habitacional aquando das suas colocações.
E com tudo isto… estamos quase no verão, para os mais distraídos é já dia 21 de Junho.