Vivemos em Portugal nas ultimas décadas uma conjuntura que nos levou a uma descrença e um
afastamento da vida política, a um alheamento do que se passa, uma pouca participação cívica e uma
enorme abstenção aquando dos momentos eleitorais, sem que exista uma causa ou facto único que o
justifique. O que existe é, como na teoria do acidente, uma serie de causas que, em conjugação, levam a
este resultado.
Mas de nada nos adianta fazermos a autopsia a este fenómeno, importa sim olhar para o presente e
projetar o futuro, criar método e apontar soluções e sonharmos com uma sociedade mais esclarecida,
participativa e capacitada para a critica construtiva.
O desafio que aqui apresento é o de adotarmos o ciclo PVA, Pensar, Votar, Avaliar.
Pensar pode ser de igual forma deveras estimulante e extremamente doloroso. Somos invadidos
diariamente por pseudonotícias, informações avulsas, opiniões que manipulam e posicionamentos
politicamente (in)corretos ou moralmente enganadores que não nos deixam espaço para pensar de forma
lucida e independente. É necessário e imprescindível usar de um posicionamento critico que nos confira o
discernimento do que realmente acreditamos e queremos defender. Falta-nos igualmente colocarmo-nos
numa posição de desconforto ao expormos as nossas ideias e crenças àqueles que pensam diferente de
nós, sem medo do confronto da palavra, da argumentação e da contraposição para que consolidemos as
nossas posições sem receios de aprender ou deixarmos-mos influenciar positivamente por outras.
Agora que temos a nossa opinião, fruto de toda a informação que recebemos, validámos e tornámos como
certas, é chegada a hora de exercermos o nosso direito de voto. Eleger alguém para nos representar é uma
das mais nobres formas de exercer democracia, demonstra confiança e confere responsabilidade, mas não
devemos ficar por aqui, é necessário estarmos atentos, vigilantes e ativos de forma exigente. Se a
informação do que está a ser feito e da forma como o mandato está a ser conduzido não nos chegarem
podemos e devemos exigir explicações. Exigir que seja cumprido na eleição o que nos é prometido na
campanha, velar para que quem nos representa seja um espelho do que a nossa sociedade precisa e merece
e, implicitamente, que se pautem por comportamentos éticos e verdadeiros todos aqueles que por nós são
eleitos. Tudo isto num claro processo de avaliação que pretende, para além de chamar à responsabilidade
aquando do desvio de rumo ou do não cumprimento do que é pretendido, dotar-nos de capacidade para
voltar a entrar no ciclo e voltar a pensar, Votar e Avaliar.
Façamos agora um exercício de transposição do ciclo para a atualidade. Estamos perante um governo que
nos faz crer que existe crescimento económico, que nos diz que aumentou o poder de compra dos
portugueses, que nos tenta iludir com investimentos que ainda não fez, não sabemos se realmente os vai
fazer e onde vai buscar capacidade financeira para tal. Verificamos uma máquina bem oleada de produção
de notícias fictícias que pretendem substituir a nossa capacidade de pensar pela indução de informação.
Deparamo-nos com um espectro político parlamentar que, quando não está do lado do governo, está a
sorrir ao entendimento com este não exercendo oposição.
Urge portanto pensar por nós, pelas nossas ideias, pelos nossos valores e costumes, sem que nos deixemos
inquinar por opiniões tendenciosas e populistas, urge votar no Partido que pretende construir a mudança,
que se está a alimentar com pessoas comuns, grande parte delas sem passado politico, mas com grande
valor acrescentado e depois de avaliar iremos verificar que apostámos na mudança de paradigma que
Portugal precisa e merece.
Defender os interesses de Portugal, dos Portugueses e dos que aqui vivem, trabalham e produzem. Criar
oportunidade de crescimento para as empresas, valorizar o mérito e impulsionar a solidariedade. Há muito
a fazer, a missão não é fácil, mas a Aliança tem a motivação certa por Portugal.
Não nos esqueçamos: Pensar, votar e avaliar.
Viva o Aliança,
Viva Portugal.