Cansado de tanto do mesmo
No dia 04 de outubro de 2015 votei nas eleições legislativas, as últimas que se realizaram. Não votei no partido que obteve 36% dos votos, nem no que obteve 10% ou 8% dos votos. Votei, como a maioria dos portugueses acreditando que poderíamos ter um País de contas certas, de crescimento económico, de melhoria de condições de vida…
Passados 3 anos e uns meses aqueles em que eu não votei são governo, os que dizem ser opção e oposição desiludem e alinham pela esquerda, vejo várias classes profissionais sem resposta para dialogar e para chegar a entendimentos e verifico que o governo teima em agir de forma eleitoralista apresentando medidas avulso sem qualquer nexo ou consequência.
A legislatura deste XXI Governo Constitucional começou com anúncios de fim da austeridade, aliás, já anteriormente em campanha eleitoral se tinha prometido e anunciado o fim da dita austeridade. Deu-se, portanto aos portugueses a entender que havia capacidade financeira para repor tudo o que foi anteriormente congelado por consequência da gestão desastrosa do governo daquele engenheiro que afinal o que tem é muitos amigos…
Temos os professores a reclamar 9 anos, 4 meses e 2 dias e um governo que não consegue cumprir o que prometeu, não tem competências de diálogo e entendimento e nem com a pressão do Presidente da República chega a um plano de pagamento do que é justo para estes profissionais.
Temos os enfermeiros a quem foi dado um presente envenenado, as 35 horas de serviço, sem que se tivesse discernimento para calcular as consequências e as necessidades que viriam a seguir. Fazem-se malabarismos e exigências legais para contrariar as greves dos enfermeiros e manipulam-se fatos e números para colocar a opinião pública contra esta classe profissional.
Temos o ministério público em luta contra as intenções de alteração da legislação com uma clara tentativa de ingerência naquela classe que se pretende independente e livre de pressões políticas.
Temos policias sem capacidade financeira para arrendar uma casa que vivem em situações deploráveis, esquadras da PSP e postos da GNR sem condições, falta de efetivos, escassez de meios, com carros que não têm condições para circular na via pública e uma taxa de suicido que teima em subir.
Mas temos um governo feliz com a sua coligação pós eleitoral, uma oposição que teima em lhe piscar o olho com fim a um entendimento futuro e ministros e mais ministros a serem lançados na vida politica com brilharetes enganadores anunciando medidas que não sabem se conseguem cumprir, e que não cumpriram nos últimos 3 anos por motivos que ninguém conhece, e com anúncios de intenções sem ações concretas como é o exemplo a apresentação de um dia de luto nacional pela violência doméstica quando não existem ações concretas para mitigar este flagelo da nossa sociedade.
Por tudo isto estou cansado…
Cansado mas não derrotado, cansado mas não convencido e muito menos vencido.
Por tudo isto é que aderi ao Partido Aliança, o Partido que fará a diferença, que fará melhor, que cumprirá o que prometer e não prometerá o que não for possível cumprir.