"Leve lá a bicicleta", Angela
Há Países que vêem com bons olhos a bicicleta como uma ferramenta de poupança económica das familias, criando condições para optimizar as condições que permitem a sua utilização. (Ver artigo "Alemania cambia el coche por la bici" no El Pais). Países ricos como a Alemanha apostaram e apostam hoje em dia na bicicleta, mas também nas energias renováveis, na agricultura biológica, no transporte público, no ordenamento do território, etc.
Por cá ficam as mais recentes declarações de Carlos Barbosa (Presidente do ACP), querendo impôr o seguro obrigatório aos ciclistas, uma medida que a par de outras como o uso obrigatório do capacete seriam completamente contraproducentes.
No dia em que os ciclistas sejam obrigados a ter um seguro, também os peões (utilizadores do espaço rodoviário) teriam que o ser.
Na verdade, um choque entre um carro e uma bicicleta só poderá ter consequências para o lado da bicicleta. E "provocar" acidentes, tanto uma bicicleta, como um peão, como até um animal o podem provocar e não é por isso que todos devem estar abrangidos por seguros. Se avançarmos com a paranóia dos seguros, então devia ser obrigatório seguro para quem tome banho numa banheira (escorregadia q.b.), para subir e descer escadas ou para comer bifes, que se enrolam na boca e podem asfixiar.
As declarações do ACP são, mais uma vez, de alguém que em nome de uma Instituição se quer colocar contra as bicicletas.
Ainda bem que na Alemanha não pensam assim.