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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

mais do mesmo

Sofia de Landerset, 04.03.13

 

Oiço uma conversa de café sobre a Irene, uma mulher que, apesar de apanhar regularmente cargas de pancada por parte do marido, insiste em ficar com o dito.

Este fim de semana, a Irene foi parar mais uma vez ao hospital. Teve alta, o marido foi buscá-la e foram para casa.

As senhoras à volta da mesa, escandalizadas, não compreendem como é possível que a mulher, logo à primeira investida do tipo, não tenha virado as costas e saído porta fora para nunca mais voltar.

 

A violência doméstica é uma coisa horrível. Ninguém compreende como há mulheres (e homens) que suportam calvários destes. Toda a gente condena este tipo de situação - e bem.

 

O que eu não percebo é porque é que estas pessoas, que apanham cargas de pancada de sucessivos governos do 'bloco central', insistem em votar no mesmíssimo bloco central, legislatura após legislatura.

Somos abusados, dia após dia, mas continua-se a votar pêésse ou pêéssedê, como se o resultado final não fosse indeferenciado e sobejamente conhecido. E invariavelmente mau.

 

Longe de mim recomendar novo 'marido' para este povo tão vergastado. Mas enquanto regressarmos sempre aos mesmos abusadores, escusamos de nos escandalizar com as Irenes. 

Politização ilegítima

Flávio Gonçalves, 03.03.13

Ao vociferarem o cântico oficial do regime conseguiram politizar o descontentamento dos portugueses (como se o desemprego ou a fome fossem de esquerda ou de direita). Uma pena... perde-se assim a credibilidade nos movimentos surgidos da sociedade civil, justificam-se as suspeitas da revolta ser ilegítima ferida que está de representar um determinado sector político e já não, como tinha vindo a ocorrer, toda a população.

ESTAMOS EM SEDE VACANTE....NA POLÍTICA PORTUGUESA!

Fernando Sá Monteiro, 03.03.13

 

Minhas Amigas e Amigos, chegou a hora de largar a comodidade do sofá e transformarmos a nossa bandeira.

É de uma verdadeira Revolução que estou falando!

Na verdade, não basta contabilizar o número de pessoas que estiveram ontem nas manifestações de rua. Afinal, as manifestações nos que ficaram dentro de casa, nos que estiveram silenciosamente a manifestar a sua Revolta nos empregos que ainda conseguem manter, temporariamente, a maioria com salários miseráveis e de mera sobrevivência humana, foram e são, provavelmente, maiores ainda do que as que se tornaram visíveis.

Há uma "criaturinha" que diz ser Presidente da República. Existe, como num conto de fadas, dentro de um Palácio que nunca imaginou frequentar, muito menos aí viver mesmo que temporariamente. Essa "criaturinha", que diz ser Presidente da República, tem uma ideia da sua "magistratura" muito singular. Ele entende que existe para "pastar" pelos corredores do Palácio, exibindo a outra "criaturinha" possidónia como ele (senão pior), que dá pelo nome de "Madame Maria", "mailos" descendentes que algumas vezes se pavoneiam, qual família real dos filmes negros, junto aos "reais" progenitores daquela dinastia de anedota.

Pois essa "criatura" que dá pelo nome de Presidente da República, entende que o seu papel é de "moderador". Curiosa e inócua visão do cargo. Afinal, ele modera quem, o quê e quando???!!!

Na minha visão de Revoltado, a "criaturinha" que dá pelo nome de Presidente da República não existe para nada. É, verdadeiramente, uma mera "Sede Vacante", no pior sentido, pois que da "morte" (já que este nunca se demitiria) não se vislumbra uma "sucessão" que nos ajude a regressar a um Portugal renascido em Dignidade e Honra. Pois, eu sei, não está agora em causa a discussão República versus Monarquia. Infelizmente, na minha visão não alinhada, passámos há muito essa dualidade de Chefia de Estado, pois que estamos já numa situação de luta pela sobrevivência. E essa, por mais que magoe os meus Companheiros monárquicos, já não passa agora por mudança de "Regime", muito longe disso.

Digo e repito: é de uma Revolução que estou falando! O Povo é que mais ordena, grita-se dia a dia. E será que o Povo, essa entidade muitas vezes usada meramente para bandeira de certas elites, conseguirá arrancar e quebrar as amarras e grilhetas que lhe impõem?

O que está em causa é muito poderoso. O que está em causa tem forças ocultas, tem poderes diabólicos, tem capacidade para anular os gritos de revolta e os choros de dor e impotência dos que vão morrendo na miséria humana mais aviltante.

Mas existe ainda uma réstia de Esperança: Mudar nem que seja de forma menos pacífica. O pacifismo tem os dias contados neste "reino à beira mar plantado", pois quando as autoridades que todos nós elegemos se mostram incapazes, incompetentes ou somente pretendem manter os seus estatutos, então é a hora da Revolta. Pois não são constitucionais a Fome e a Miséria, não é constitucional a Covardia, não é constitucional a neutralidade e a indiferença social.

Há o Direito à Indignação! E quando essa indignação não é ouvida por quem o deve fazer, então é chegada a hora de tomarmos o nosso Futuro e a nossa Sobrevivência nas nossas próprias mãos.

Como escreveu Zeca Afonso, "A Morte Saiu à Rua num Dia Assim"!

 

"Vós que lá do vosso Império prometeis um mundo novo, calai-vos, que pode o povo querer um Mundo novo a sério." (Antonio Aleixo)

 

Dos partidos do arco do Poder nada há a esperar. Assim sendo, retirando o PSD e o PS, por completa inutilidade para essa Mudança pretendida, o que nos resta? Criar algo novo, com palhaço ou sem palhaço? Ou dar a voz e o Poder à Esquerda, PC e BE?

Afinal, aproxima-se o momento que poderá ser perigosamente radical em que diremos que já nada teremos a recear destes partidos, pelo radical que se lhes associa. Radicais, eles? E este Poder que corrompe e destrói a Esperança de Jovens e Velhos, de uma classe media completamente "amordaçada" e perseguida, é o quê? Um Paraíso terrestre onde se pavoneiam uns quantos "arrotando" que os outros "aguentam, aguentam"?

É hora de Mudar e substituir o "aguenta, aguenta" pelo mais saudável "ARREBENTA, ARREBENTA"!

E quando as instituições se mostram inoperantes, incompetentes ou covardemente acomodadas, que Caminho ou Alternativa nos fica?

Todos nós somos chamados a essa Mudança, independentemente das nossas opções políticas e ideológicas. Tenho sede de uma fraternidade efectiva entre os seres humanos, sentindo uma enorme impotência perante um Mundo onde a miséria humana e social são a vergonha de todos nós.

 

" (...) Ouvi banqueiros fascistas

Agiotas do lazer

Latifundiários machistas

Balofos verbos de encher

E outras coisas em istas

Que não cabe aqui dizer

Que aos capitães progressistas

O povo deu o poder!

E se esse poder um dia

O quiser roubar alguém

Não fica na burguesia

Volta à barriga da mãe!

Volta à barriga da terra

Que em boa hora o pariu

Agora ninguém mais cerra As portas que Abril abriu! (...)"

("As Portas que Abril abriu", José Carlos Ary dos Santos)

 

Que estas minhas pobres Palavras sejam a ruptura com a neutralidade e a indiferença, como cidadão de um Portugal que urge fazer ressurgir na sua Dignidade e Vocação Histórica.

Blog RISCO CONTÍNUO e AEPCC estabelecem parceria

Pedro Quartin Graça, 01.03.13

As Compras Colectivas e a “febre” dos descontos são cada vez mais uma tendência de consumo. Por isso, surgiu a necessidade de uma entidade reguladora neste mercado que garanta um desenvolvimento sustentável para as empresas e para o próprio negócio.

Com esse intuito, em 2012 nasceu a AEPCC – Associação de Empresas Portuguesas de Compras Colectivas, uma associação sem fins lucrativos que pretende trazer equidade entre os vários players, bem como reforçar a confiança neste sector em franco crescimento.

Há cerca de mês e meio, a AEPCC lançou um novo agregador no mercado TOSTÃO, exclusivo para sites associados. Agora, num único site, estão reunidas as melhores ofertas do dia, sempre com a garantia de qualidade da AEPCC, à qual os consumidores estão já habituados.

No sentido de proporcionar aos leitores do Blog RISCO CONTÍNUO uma informação completa sobre todos estes descontos disponíveis no mercado, a AEPCC e o Blog RISCO CONTÍNUO estabeleceram uma parceria, de que ora se dá conta, dando este blog a conhecer um novo serviços aos leitores, e que, esparamos, lhes traga mais valias acrescidas e nele sendo publicado um banner do TOSTÃO, para efeitos de ligação ao mesmo.

O pequeno dividendo que daqui poderá resultar para o blog, e que apenas existirá no caso de existirem novos registos no TOSTÃO, de entre os nossos leitores, servirá para ser aplicado no novo desenvolvimento tecnológico do blog, nomeadamente na aquisição de software destinado a ser usado na divulgação do mesmo.

Apelamos assim à vossa visita ao agregador deste nosso novo parceiro.

E, como esperamos possa acontecer, no caso de se querer registar no agregador TOSTÃO, uma vez que daí resultarão para si vantagens, pedimos-lhe o favor de o fazer aqui.

Que se Lixe... quem?

Duarte d´Araújo Mata, 01.03.13

Foto AQUI

Já a 15 de Setembro de 2012 achei que a tónica da manifestação no "Que se lixe a Troika!" estava profundamente errada no alvo. Passados 5 meses, custa a acreditar que se mantenha o mesmo slogan!
Basta ver os meus posts para se perceber que a minha convicção é de que as políticas deste Governo têm sido profundamente erradas para o País. Este Governo tem tirado partido do Plano de Assistência para implementar um conjunto errático e pouco articulado de reformas, que na generalidade não constituem mecanismos de estabilização financeira, apostando somente em cortes no sector público, seguidos da liberalização de serviços. Uma agenda neo-liberal cega, incapaz e inconsistente, cujos resultados estão à vista, quer com o desemprego galopante, quer pela falta de esperança generalizada no futuro da economia, semi-destruída por esta altura. Não há uma estratégia consistente para o País e aí só o Governo tem culpa. Este é o principal problema com que nos deparamos. Mais do que a austeridade em si mesmo, que em vários níveis, verdade se diga, era até necessária, é preciso saber estruturar a economia, desenvolver o País, com "os pés na terra". 

Perante isto, nada melhor do que fazer uma manifestação a mandar a Troika embora!? Não compreendo como é que é possivel um tão alto grau de desresponsabilização interno, assumindo que as desgraças que nos têm assolado são, primeiro por culpa da Troika e só depois do Governo.

É preciso renegociar a dívida, apostando em ter mais tempo para pagar e conseguindo trabalhar para a aceitação de juros mais baixos e mesmo o perdão de parte da dívida. Mas é preciso ter políticas de crescimento da economia que só são viáveis se assentarem numa estratégia consistente de geração de riqueza, da qualificação, e não podemos em caso algum "ir para além da Troika", como fomos, por teimosia e irresponsabilidade. 
Ao mandarmos a Troika embora estamos a assumir que, no fundo, a culpa não seria do Governo e das suas políticas, mas sim dos outros. É profundamente errado e não me conformo. O Governo, no fundo, até acaba por agradecer. 

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