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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

2 DE MARÇO

António Veríssimo, 28.02.13

O Movimento Unidade na Luta declara o seu apoio às iniciativas populares agendadas para o próximo dia 2 de Março, sobre o lema QUE SE LIXE A TROIKA! O POVO É QUEM MAIS ORDENA!”
“Porque estamos do lado de quem sofre, porque também sofremos, apoiamos esta jornada de luta”, lê-se no comunicado deste movimento enviado aos media.
Apostando na luta pela “construção de melhor futuro, lutando contra um futuro condenado à tristeza, defendendo o sonho de uma vida melhor”, o Movimento Unidade na Luta apela a uma grande participação nas manifestações de 2 de Março em todo o país.
Sendo um movimento que quer “em unidade lutar pelas ideias, pelos sonhos, por um país melhor”, o Movimento Unidade na Luta promete ainda “não baixar os braços e lutar ao lado de todos pelo Portugal que merecemos”.

PODER A QUANTO OBRIGAS

António Veríssimo, 28.02.13

A interpretação que certos partidos fazem da limitação de mandatos dos autarcas deixa-nos com a sensação nítida de que certos senhores só querem exercer o poder a todo o custo, e por longos tempos, negando oportunidades a novos candidatos. O que se deve democraticamente entender é que quando um autarca perfaz três mandatos não pode, depois, iniciar novo ciclo noutro concelho. Saindo do seu concelho para se candidatar noutro, é deturpar a lei e alterar as regras do jogo. Em nome da legalidade democrática que alguém ponha na ordem quem acha que a lei pode ser usada a seu bel prazer e pode fazer de parvos quem sabe que o que eles querem cometer é uma ilegalidade e um atentado aos valores democráticos.

Democracia à portuguesa

Flávio Gonçalves, 28.02.13

Aparentemente as SIC, RTP e TVI desejam mostrar-se mais papistas que o Papa na defesa do regime português, dado os vários processos que perderam após as últimas eleições por ignorarem por completo a igualdade de direitos perante a lei de todos os partidos e candidaturas já preparam o combate (ou, mais correctamente, afiam o lápis azul) para as Autárquicas deste ano: ou deixam as televisões entrevistar somente os partidos do regime, ou não há debates para ninguém. Como tenho vindo há anos a denunciar no O Diabo, vivemos numa ditadura cada vez mais descarada...

Curiosos delírios

Flávio Gonçalves, 28.02.13

Saberão os meus caros leitores a história do país latino que apoiava discretamente Hitler e cujo governo era secretamente maçónico? Não? Um país fascista onde após a revolução em que as mulheres saíram à rua para espetar cravos vermelhos nos canos das espingardas o Partido Comunista organizou as primeiras eleições democráticas? Caso não saiba ainda de que país se trata, pode ouvir a entrevista na Indymedia, eu ainda estou a tentar desvendar que país seja. Foi divulgada hoje num dos mailings oficiais dos caçadores de Bilderberg.

Ainda as eleições em Itália

Flávio Gonçalves, 27.02.13

Pese embora a prévia declaração de óbito à coligação liderada por Sílvio Berlusconi, a verdade é que esta se desempenhou muito melhor do que a comunicação social aparentemente gostaria. Creio que salta à vista também que a intervenção de uma terceira opção não-ideológica que atraiu muito do voto de protesto afectou a candidatura de Berlusconi. Seria curiosa uma análise séria deste género de candidaturas fúteis e não-ideológicas (por cá tivemos os efémeros Movimento Esperança Portugal e Movimento Mérito e Sociedade) desvendando quem as patrocina e quem ganha com a inutilização de votos captadas por estas, isto sem cair na banal teoria da conspiração.

Será mesmo?

Flávio Gonçalves, 27.02.13

Leio com gosto no Jornal de Negócios de hoje que o governo prepara o corte das pensões vitalícias dos políticos bem como as da Caixa Geral de Depósitos e doBanco de Portugal. A avançar, será uma medida de coragem. Pela minha parte mantenho-me céptico, mas a esperança é a última a morrer. O último executivo a meter-se com os bancos foi o de Pedro Santana Lopes, e nem durou duas semanas depois disso.

Avançam as obras lá em cima no Céu

Duarte d´Araújo Mata, 24.02.13

Foto retirada do Blog "Coimbra Portugal" AQUI

Sobre Ceira, avançam as obras do IC3, também objectivamente chamada de "3ª Auto-estrada Lisboa-Porto"

Como se percebe rapidamente pelas imagens, os custos são enormes. O impacte visual idem.

Cortou-se em quase tudo por via da austeridade. Salários, pensões, subsídios de desemprego e até nos subsídios de funeral.

As taxas moderadoras da saúde custam uma fortuna e pagamos todos uma elevadíssima carga fiscal, que ainda no mês passado os atacou nos recibos de ordenado. Ordenado, quem o tem. O desemprego está quase em 1 milhão de pessoas.

Mas olhando para este imponente viaduto, para aqueles muitos milhões, fica-se a pensar se (mais) esta estrada era mesmo necessária, mesmo ali ao lado de Coimbra que aguarda, pacientemente, que seja reposta a ligação ferroviária para a Lousã. (Ver notícia do passado dia 16 de Fevereiro de 2013).

Prioridades...

Aguentem aí os cavalos!

Duarte d´Araújo Mata, 22.02.13

 

Aguentem aí os cavalos!

De cada noticia que sai sobre a existência de carne de cavalo, estamo-nos claramente a afastar do cerne do problema. Diria dos problemas. São dois.

O que se evidência nesta trapalhada da carne de cavalo é, por um lado, a exposição da complicada teia dos fluxos de carne a uma escala internacional, dos seus intermediários. Por outro lado da relativa falta de controlo eficaz: o facto dos consumidores comprarem uma coisa e estar lá outra.

Quando se fala de mais um caso de apreensão de carne de cavalo, a imprensa trata "o cavalo" como sendo qualquer coisa como terem apanhado carne de cão ou de gato. O cavalo é uma carne habitualmente consumida e, diz quem está mais informado, um alimento com muitas vantagens e qualidades.

A industrialização da carne e os seus circuitos é que são o verdadeiro problema, o de que poucos falam. Os dois aspectos que antes referenciei enfermam do mesmo mal: vivemos uma sociedade do "fast food", da comida sem rosto, uniformizada, artificial.

Fazem-se cada vez mais manifestações pró-animais com os mais diversos motivos, mas eu foco-me agora nas que são contra as touradas pois consomem uma desiquilibrada quantidade de energia face "ao problema" em causa. Note-se que sobre esta situação, diria pungente, da carne sem rosto, das "fábricas" que as criam e as abatem e que nos inunda os supermercados e restaurantes, não me lembro de nenhuma manifestação relevante. Já o touro, referenciado, que vive nas Lezírias, livremente, correndo e pastando sem problemas até à hora da sua morte na arena, gerando com isso a viabilidade dos referidos agrossistemas de sequeiro, só porque o seu abate envolve sangue "à vista", monopoliza todas as energias. É caso para dizer que longe da vista, longe do coração.

Nota: A carne sustentável, as nossas raças autóctones, de pasto e criação ao ar livre, deviam conseguir retirar proveitos deste caso. Comer muito menos carne, mas quando o fizermos, comê-la com qualidade é um imperativo de saúde e uma escolha cada vez mais acertada.

FOTO AQUI

Coincidências de 20 de Fevereiro

Duarte d´Araújo Mata, 20.02.13

 

Faz 3 anos da enorme tragédia da Madeira. Neste fatídico dia de 2010, a junção mais comum entre o pior da política e o pior da técnica, ou seja o nosso urbanismo, deu os resultados que sabemos.

Raimundo Quintal, geógrafo e conhecedor das dinâmicas naturais da Paisagem, e especificamente da Madeira, viu-se até a braços com um processo pelas suas declarações. Raimundo Quintal hoje mostra-nos, através de várias intervenções em curso na Madeira, que a lição do dia 20/02/2010 não chegou aos seus destinatários. Para eles, porventura o que aconteceu foi apenas uma enorme chuvada. Uma fatalidade climática... 

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O Secretário de Estado dos Transportes Sérgio Monteiro terá que fazer figas para que Miguel Relvas e Vitor Gaspar continuem a monopolizar as atenções do País nos próximos dias. Não é que depois de se ter percebido que umas das razões do nosso insucesso económico se deveu a um conjunto vastíssimo de infraestruturas rodoviárias, com custos sem retorno, que apenas significaram despesa pública e nos tornaram mais dependentes do petróleo, vem agora falar-se num plano de mais estradas para relançar a economia? 

Numa altura que as empresas de transportes se debatem com descarrilamentos e acidentes por desgaste do material, quando nalguns casos mais de 70% dos seus custos operacionais a serem alocados ao pagamento de juros da dívida e empréstimos, é caso para dizer que aqui também não quiseram aprender a lição.
Coincidências. Enxurradas, derrocadas, falência do sistema do desenvolvimento assente nas estradas, crise económica.

O resultado, em ambos os casos, acaba por ser mais do mesmo. 

(Fotos: Aqui Aqui)

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