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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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A catástrofe nas palavras de Mota Amaral

Pedro Quartin Graça, 04.01.13

João Bosco da Mota Amaral, deputado do PSD, com a independência intelectual que lhe é reconhecida, e num artigo de opinião publicado num jornal dos Açores, a propósito do Orçamento de Estado de 2013, alerta para o "alastramento de uma verdadeira catástrofe" em Portugal, face à "crescente indignação" dos cidadãos, que "não vêm nem finalidade, nem fim para os cortes de benefícios" e afirma: “A situação geral do país em vez de melhorar, como o Governo promete e todos desejaríamos, tem vindo a degradar-se(...) ” E acrescenta o deputado do PSD: "o enorme aumento de impostos vai reduzir contribuintes à insolvência, fazer falir muitas empresas e aumentar o desemprego".

E mais acrescenta: "Parece-me ter sido um erro a voluntariosa opção por ir além da ´Troika´, quando a mais elementar prudência - que, como ensinam os clássicos, é a principal virtude requerida aos governantes - aconselhava a ater-se ao conteúdo programático do memorando de entendimento, alegrando assim a base parlamentar e social de apoio ao cumprimento do mesmo".

Mais relevante do que propriamente ser uma novidade, o que se retira destas palavras, é o extremo incómodo que, no interior do PSD, pela voz autorizada do ex-Presidente da Assembleia da República, é sentido relativamente à acção do Governo e da dupla Passos/Gaspar.

A Casa do Passal - Cabanas de Viriato - Homenagem a Aristides de Sousa Mendes

Gastão de Brito e Silva, 04.01.13

Este post é um dos mais visitados e comentados deste projecto. Hà muito tempo que pretendia visitar este local e homenagear o que considero ter sido um dos maiores vultos da nossa história. 

A Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches e sua família, dedico inteiramente esta reportagem, tal como todos os direitos sobre estas imagens que serão doadas à  fundação de seu nome.

Não pretendo descrever aqui a sua biografia, pois seria apenas mais uma e teria de plagiar o que outros autores já disseram. Quero-me cingir apenas àquilo que ainda não foi dito ou escrito sobre este GRANDE HOMEM, a ele devem a vida mais de trinta mil refugiados do holocausto nazi.

 

A humanidade ficou mais pobre com o seu desaparecimento, pois homens desse calibre são raros, geralmente incompreendidos e ingratificados.

É precisamente pela a ingratidão e injustiça que gostaria começar esta breve homenagem...

Nunca ninguém na nossa história foi tão esquecido pelos nobres actos que o distinguiram. Por vezes o karma maltrata as boas pessoas sem alguma justificação e lógica terrena, chegando a pôr a divina justiça em causa...

Aristides antes de ser diplomata, pai ou chefe de família, era um homem de Deus. Fiel aos seus princípios religiosos e humanísticos, colocou a sua vida pessoal, profissional e familiar em risco, desobedecendo a ordens superiores quando concedeu vistos portugueses a todos os refugiados de guerra que procuraram ajuda no consulado de Bordéus, permitindo desse  modo a fuga para fora do palco de guerra a milhares pessoas.

 

Estima-se que terão passado por Portugal cerca de trinta mil refugiados com vistos por ele assinados, o que o torna talvez como o maior salvador de vidas na história da humanidade. 

Chegou a andar na rua a distribuir vistos a quem deles necessitasse, além de ter conduzido pessoalmente a pé e de carro grupos de refugiados pela fronteira dos Pirenéus e recebeu em sua casa de Cabanas de Viritato todos os refugiados que por ali passaram.

A “justiça” não tardou e acabou por ser exonerado do seu cargo, com um pesado prejuízo a si e à sua extensa família. Aristides além de ter sido despedido, foi votado a um ostracismo social e laboral e nunca mais arranjou emprego... o que para um responsável pai de catorze filhos deve ser a maior angústia e partida que a vida pode pregar!!! 

Todos os amigos, familiares e sociedade lhes voltaram as costas, abandonando-o e “fazendo um cerco” a todos os seus filhos.

A Casa do Passal é um testemunho vivo do Holocausto!!! Por Portugal não ter cicatrizes da Segunda Guerra, (embora todos tenhamos lido livros ou visto filmes sobre esse nefasto tema), NUNCA nenhum de nós poderá sentir ou imaginar esse tão tenebroso cenário sem estar num local impregnado de memórias bem vivas... 

A primeira vez na vida que senti na alma esse arrepio, foi quando visitei em Amsterdão a Casa de Anne Frank. Ali estava o terror Nazi entranhado numa modesta casa que foi palco de uma triste história... 

Pois a Casa do Passal tem muito mais memórias... além das pessoas e acontecimentos que ali passaram, o seu estado de conservação lembra constantemente a presença desses tempos. 

Toda a rotina de uma vida familiar com um núcleo de dezasseis elementos deveria ser mais dinâmica que a dos “von Trapp”. Era um devoto casal com catorze filhos nascidos entre 1909 e 1933 e deveria ser a casa mais feliz de toda a região, é fácil de imaginar toda a alegria que ali reinava, pois uma família de tão boas tradições, cultura e costumes, além de próspera, seria essencialmente alegre de tanto amor e fraternidade.


É também fácil de sentir as angústias que naquela casa aconteceram e ainda vivem dentro daquelas degradadas paredes. Ao juntar a sua numerosa família com o convívio de estranhos em desespero de vida e liberdade, Aristides conseguiu atingir o verdadeiro sentido de comunhão, partilhando o seu lar e pondo em risco tudo aquilo que possuía.

 

Tento imaginar a sua atormentada alma, com a grande alegria de ter catorze filhos e com a grande angústia de os sustentar... tento imaginar a sua grande alegria por ter salvo tantas vidas e a sua profunda tristeza pela solidão e ruína a que foi condenado.


Como é paradigmático uma pessoa ser condenada por “excesso de valores” e de nobreza...como é estúpida e vil a ingratidão que a humanidade lhe devotou...

A injustiça é sem dúvida e acima de tudo a mais vil atitude que se pode imaginar...e a injustiça perseguiu-o durante a vida e depois da morte...

Foi injustiçado pelo poder de um estado com mão de ferro, foi injustiçado pela igreja católica que nunca legitimou os seus actos de humanidade, foi injustiçado por todos os que ajudou e o esqueceram ao nunca lhe prestarem auxilio (ainda que lhe devessem a vida) e por toda uma sociedade que fingiu não ver as dificuldades que este homem de Deus passou até seus aos últimos dias...e continua a ser injustiçado pelo abandono da sua casa!!!

Nos dias de hoje e após a estreia da “Lista de Schindler”,  houve quem se tenha lembrado deste herói que tantas vidas salvou...era bem ter um Schindler português, agora já podíamos ter orgulho...tanta hipocrisia...nunca isso se poderá afirmar com justiça!!!Portugal não é digno disso!!! Portugal nada aprendeu com a nobre lição de Aristides de Sousa Mendes!!! Apenas se vangloria com louros alheios ao referir a sua nacionalidade, como que lhe usurpasse toda a nobreza dos seu actos e heróicos feitos!!!

Um homem deste calibre merecia ser recordado como herói nacional, ter praças e avenidas com o seu nome...e nunca a ruína da sua casa!!! Como é isso possível??? Por falta de verbas, dizem alguns...por ignorância, ganância e arrogância, digo eu...

Também a igreja católica lhe dedicou uma grande falta de atenção... como é que um tão devoto crente, que cumpriu uma missão tão divina nunca foi sequer proposto a beato??? Não sei ao certo quantas vidas salvou. Embora fossem a maioria de etnia judaica e talvez por isso não fossem merecedores de “atenção”....mas porra, foram vidas que se salvaram, até poderiam ter sido periquitos que seriam sempre vidas, mas eram seres humanos!!! É uma grande injustiça ficarem à espera que faça um milagre para lhe darem a mais que merecida atenção!!!

Embora o governo de Israel, tal como certas fortunas de muitos judeus que salvou não possam ser administrativamente responsabilizados pela falta de verbas da Fundação Aristides de Sousa Mendes, poderiam mostrar alguma gratidão pelos milhares de vidas que salvou e desbloquear alguns meios que permitissem dar alguma dignidade a este mausoléu de malditas memórias.

Após o seu “ressuscitamento”, foram feitas breves homenagens reabilitando tardiamente a sua honra. Foi reunido o seu espólio e feita uma fundação com o seu nome...que grande momento solene... demagogicamente  aproveitado pelos insignes diplomatas e governantes, como autores de um gesto de boa vontade e justiça para com a sua memória e família. Encheram-se de louros por tão nobre acto aproveitando-se de uma figura como a de Aristides de Sousa Mendes, tornando a abandoná-lo...

 

O ministro dos negócios estrangeiros de então, ilustre Dr. Jaime Gama, fez pagar à família todos os ordenados que Aristides deixou de receber entre 1940-54, além de a ajudar na aquisição da Casa do Passal... foram feitas as devidas homenagens, tiraram-se as fotografias, apareceu na comunicação social, foi lá a televisão e falou-se muito em Aristides de Sousa Mendes... e parafraseando os “Gatos Fedorentos”... “fala-se muito mas não se faz nada”...

Desde então e após muita tinta ter sido gasta em vão, a casa ameaça derrocar a qualquer instante apagando para sempre o que além de ser uma jóia de arquitectura deveria ser também um local de peregrinação...

É a CASA DO PASSAL, onde tudo se passou...onde muita história se escreveu e onde estava prometida a sua reabilitação integral e ampliação para albergar o Museu dos Direitos Humanos. Seria certamente o grande sonho de Aristides, além todo o impacto que teria na sua obra, iria colocar Cabanas de Viriato no mapa do mundo, como exemplo de educação, civismo, gratidão e cultura.

Enquanto este palacete não for recuperado em todo o seu esplendor, haverá uma nódoa  na nossa dignidade como povo civilizado. Não é compreensível que os ministérios da cultura e dos negócios estrangeiros, além de todos os organismos municipais que tutelam o património não mostrem alguma vergonha e ajam de uma vez. 

 

A tutela do património, é uma obrigação delegada por lei ao próprio estado e tem sido descurada ao longo de várias décadas. Neste caso é ainda mais grave por se tratar de um pedaço de história vivo e de constituir simbolicamente os Direitos Humanos.
A metáfora poderia ser colocada neste mesmo instante, ao cruzar o holocausto, os direitos da humanidade e esta nobre casa...e o estado que o estado deixou isto chegar...e não me venham com falta de verbas!!! Porque gastar 30 milhões de euros num novo museu dos coches quando já existia um e era o melhor do mundo... seria uma prioridade para a nação...???

 

É com grande urgência que necessita de uma profunda intervenção de restauro e apelo a todos que possam contribuir para a salvar que o façam por aqui: http://fundacaoasm.planetaclix.pt/ , onde poderão também saber melhor quem foi este grande português...

A Casa do Passal é um palacete romântico construído na segunda metade do Séc. XIX, a sua figura entristecida impõe-se com a nobreza com que foi traçada mas muito longe dos gloriosos tempos.

É hoje mais uma vergonhosa ruína que entristece quem lá passa, o seu vislumbre é tão aterrador como encantador e foi um dos momentos mais altos deste projecto. O seu estilo é romântico com inspiração francesa e ostenta ainda com orgulho a delicada pedra de armas que exibe na fachada.

É ladeada por um generoso terreno nas traseiras onde vive um fato de cabras e tem um pequeno jardim ao longo da fachada, onde a um canto está um crucifixo que ainda torna o local mais triste pela expressão de sofrimento do Cristo, como que acentuando o cenário de dor.

A entrada é feita por baixo de um imponente alpendre suportado por seis colunas e forma uma varanda no primeiro andar. Entrando num grande hall temos acesso à cozinha e a várias salas, onde certamente se passava a maior parte do dia a dia daquela família.

 

Por uma grande escadaria somos conduzidos ao andar superior, onde estão ainda visíveis alguns traços de decoração nas paredes e bandeiras de portas dos amplos e sucessivos cómodos, da mansarda pouco ou nada resta...


E foi culminar de uma aventura hà muito esperada, espero em breve voltar a este local e vê-lo de boa saúde, com a nobreza que sempre teve e teima em preservar...

A POLITICA DO ISOLAMENTO

António Veríssimo, 04.01.13

Fechar hospitais, centros de saúde, escolas e tribunais só isola cada vez mais as populações. É isso que os governos têm feito neste país. Mas, vai uma aposta?, isso e outros ataques ao povo, não fazem mossa nos partidos que nos desgovernam. Quando houver eleições,os partidos do costume continuarão a vencer eleições, continuarão a mandar. O povo não aprende.

POR UM MELHOR AMBIENTE

António Veríssimo, 04.01.13

 

Na defesa do ambiente e de uma melhor qualidade de vida, todos não somos demais.

Na rua, na fábrica, na escola, no nosso dia-a-dia, as boas práticas ambientais não podem ser descuradas, não podem ser apenas letra morta num qualquer plano estratégico apenas para “inglês ver”.
Porque é o nosso futuro, e sobretudo o das gerações vindouras, que está em jogo, há que trabalhar para que qualquer plano, qualquer estratégia pessoal ou colectiva, seja um instrumento para o futuro ambiental de todos nós. E não um conjunto de ideias virtuais.
Cada um de nós pode fazer muitas coisas simples para salvar a terra, para defender o ambiente, para ajudar na construção de uma melhor qualidade de vida. Assim, entre muitas outras coisas, reduza os sacos de plástico, use detergentes menos poluentes, coloque um compressor redutor de caudal nas suas torneiras, acerte as temperaturas do seu frigorífico e (ou) arca congeladora (a temperatura recomendável para o frigorífico é de 6º C e, para a arca congeladora, de – 18º C), desligue o ferro de engomar um pouco antes de acabar de passar pois ele continuará a difundir calor, não deixe a água a correr enquanto lava os dentes ou faz a barba, use lâmpadas incandescentes mais económicas - como as de crípton, tungsténio-hologénio ou com revestimento reflector de infra-vermelhos - em vez das “tradicionais”, tenha o seu carro sempre bem afinado pois um carro afinado gasta menos 9% de emissões tóxicas e esta é a maneira mais fácil de o fazer poupar gasolina, não trave nem acelere bruscamente, use pilhas recarregáveis (elas duram mais do que as alcalinas e têm um peso menor no nosso problema do lixo perigoso), poupe papel e prefira produtos naturais para travar a erosão, durante os períodos de seca não desperdice água regando a relva que começa a ficar castanha (trata-se de um processo de hibernação, e voltará ao normal depois das primeiras chuvas), separe os jornais do outro lixo e mande-os reciclar, compre ovos em embalagem de cartão e não de esferovite, compre legumes, cogumelos, carne, etc., avulso e não embalados, leve uma chávena para o emprego em vez de usar copos de papel, deixe de caçar e comece a disparar com a máquina fotográfica, deixe de fumar, ande a pé ou de bicicleta, coma para viver e não o contrário, seja sociável.
Para além destas coisas simples, há outros exemplos a ter em conta e que têm vindo a ser realizados nas empresas, nas escolas e noutras instituições. Aqui, nota-se uma preocupação constante pelo ambiente e pelo direito de trabalhadores, alunos e outras camadas da população a um melhor ambiente, a uma melhor qualidade de vida.
Com paixão militante ou de forma mais “soft”, cada um de nós deve fazer o que está ao seu alcance por um ambiente mais saudável, por uma melhor qualidade de vida, por um melhor futuro para nós e para as gerações futuras.

Política Local

JFD, 04.01.13

 

Pessoalmente não vejo as eleições autárquicas como um ensaio para algo maior, excetuando nos casos de Lisboa e Porto, onde a política local tem contornos de política nacional. Em Lisboa a reeleição de António Costa será, de facto, um reinforcement para o Partido Socialista, ao mesmo tempo que colocará o atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa sob todas as atenções na esperança de que o mesmo se assuma como candidato a Primeiro-Ministro, posição que o mesmo adiará até lhe ser manifestamente impossível ou o país se encontrar em falência suficiente para que ele seja indispensável e salvador. Aguardam-se novidades nesse capítulo. 

Adiante. Como comecei por dizer, a política local pouco tem a ver com a política nacional, no meu entender e a razão principal reside na geografia humana: quanto mais pequena a autarquia maior a proximidade entre o poder autárquico e o seu eleitorado. Dir-me-ão, e com razão, que nestes casos os favores pouco democráticos se tornam mais vincados. É um facto. Inúmeros presidentes de autarquia preservam o seu lugar através da troca de votos por empregos. Autarquias há em que um terço da população ativa é funcionária municipal o que representa um estrangulamento do orçamento autárquico. A parte disso, o exercício municipal é feito de ouvir as histórias de vida, é conhecer as gentes e suas famílias. A política local é, nessa medida, mais nobre porque é mais próxima. Assim, por essa razão, a margem dos partidos concorrem os rostos - vota-se no filho do "Ti Manel", o rapaz que foi estudar e voltou com um canudo. 

Mas como nem tudo são flores, a carreira autárquica tem gerado inúmeros "dinossauros" o que tem representado, aqui e ali, uma cristalização ideológica, metodológica e programática. A renovação vai-se fazendo amiúde e às duras penas dos que vão chegando à oposição ou como conselheiros e/ou vereadores. Certos vícios instalam-se, em particular os que fogem aos padrões democráticos. Em função da lei que limita os mandatos a três, inúmeros presidentes de câmara estarão a indicar o vice-presidente como candidato à sucessão. Exceções a parte a decisão em pouco abonará em favor das populações. Manter-se-ão orçamentos que servem para tapar as derrapagens dos orçamentos anteriores, os mesmos lóbis, os mesmos favores e as mesmas equipas. A esperança, em muitos lugares, é que o vice-presidente seja um reformador, viciados que certos lugares estão nas eleições partidárias e, noutros lugares, a esperança concentra-se no oposto - nos programas e não nos rostos familiares. 

Grosso modo, a política local não é um laboratório para a política nacional, mas é um laboratório de sociologia política, revelando os comportamentos-padrão dos eleitores. O que sendo bom para a ciência tenderá a ser perigoso para a democracia, mas isso, como diz o povo, "são contas de outro rosário". 

SAÚDE, DINHEIRO E PODER

António Veríssimo, 04.01.13

Com problemas de sono, há quem aproveite para sonhar acordado. E há outros que sonham quando estão ferrados no sono.

Nós por cá sonhámos um destes dias que a nossa saúde estava cada vez pior e que alguns protagonistas do sector não são flores que se possam cheirar.

Depois, há quem misture tudo (sobretudo dinheiro e poder) e faça de conta que andamos todos distraídos.

E não nos venham falar em moral que esta história não tem moral sequer.