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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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Estrada dos bravos, blog dos livres

Sobre outros artistas do Parque dos Poetas

Duarte d´Araújo Mata, 31.01.13

Fotos disponibilizadas pela CMOeiras no seu sitio do facebook

Se alguém pensa que eu receberia as notícias da inauguração, para breve, da 2ª fase do Parque dos Poetas em Oeiras com um "deixa estar, ao menos sempre é um Parque",  engane-se.

As recentes declarações da Vereadora dos Espaços Verdes Madalena Castro assumem uma enorme gravidade, perante a assumpção de responsabilidades na concepção do modelo do Parque. O Parque dos Poetas é o exemplo máximo de uma zona verde com enormes custos de construção e manutenção. Ser uma zona verde não significa, nem de perto nem de longe, que seja sustentável, nem ecológica e muito menos economicamente. Para o executivo camarário que tem Governado Oeiras, um Parque pode ter apenas 15ha e custar a módica quantia de 27 Milhões de Euros! Desde muito cedo que esta verba foi considerada incómoda.

Os apenas 7,0ha que irão ser inaugurados custam 7 milhões de euros, o que significa cerca de 100EUR,00/m2. Uma enormidade.

Qualquer Arquitecto Paisagista sabe que este valor por metro quadrado é francamente excessivo face aos custos considerados razoáveis para se executar uma obra com qualidade. Ainda para mais num território com o potencial intrínseco que esta área tinha. Falamos de 7 milhões de Euros gastos numa área que foi totalmente revolvida, modelada e "super-equipada", em excesso, em vez de uns muito razoáveis 2 a 3 milhões de euros.

A Vereadora admite que que se soubesse que hoje iriamos estar num contexto de crise...As zonas verdes devem ser sempre projectadas para contextos de crise! Não se trata apenas de uns milhões que se teriam poupado na construção, até porque não faltam em Oeiras áreas a precisar deste investimento. Trata-se de deixar, para o futuro, uma zona verde com maior resiliência e com menores custos de manutenção. Muito menores custos de manutenção, fardo esse que tendará a pesar cada vez mais no orçamento municipal.

O Parque dos Poetas foi concebido para ser uma obra luxuriante. Esse foi em boa parte o conceito, e a razão agora deste "pedido de desculpas". E por isso esse conceito tem responsabilidades políticas. Todas aliás.

A Autarquia, na voz da sua Vereadora, fala de uma poupança recente de 27 milhões para... 21 milhões, através do corte em algumas estruturas previstas, que afinal eram...adiáveis. Por exemplo, um enorme Parque de Estacionamento.

Eu deixo a verba de 7 milhões de euros como o valor máximo que se deveria gastar nestes 15,0 ha de zona verde. Ainda era possivel poupar 14 milhões de euros. Verbas que davam para construir boa parte daquilo que Oeiras precisava urgentemente: uma rede de corredores verdes que aproveitasse os seus belíssimos vales, a qualificação da frente ribeirinha entre Algés e Paço de Arcos e a construção de um grande Parque Metropolitano, aproveitando o cabeço de Talaíde e a Serra de Carnaxide. Fazer zonas verdes é aproveitar Paisagem.

E a Paisagem natural de Oeiras é, por si só, exuberante. Não a estraguem mais.

Novo record mundial de surf de Garrett McNamara na Nazaré, Portugal

Pedro Quartin Graça, 29.01.13

O norte-americano Garrett McNamara surfou ontem, na praia do Norte, na Nazaré, uma onda que, em princípio, lhe dá, de novo, um recorde mundial, depois de em 2011 ter feito história ao surfar uma onde de quase 30 metros, entrando, assim, para o Guinness. Presente na localidade portuguesa no âmbito do projecto ZON North Canyon, protagonizado pelo surfista e que tem por objectivo promover internacionalmente a localidade como destino de referência para a prática de desportos de ondas grandes, o americano parece ter adoptado Portugal como sua segunda pátria.

A onda gigante

Duarte d´Araújo Mata, 29.01.13

Foto AQUI

Qual Garrett McNamara da Nazaré, o "surfista" Avelino do Marco de Canaveses monta-se novamente na sua prancha e, com a ajuda do CDS-PP, partido sempre disposto a agigantar-se perante as cameras fotográficas do populismo fácil, eis que já se vê Avelino, sorridente, a deslizar com mestria pré-eleitoral.

Vivemos na política do vale tudo. A onda parece gigante, mas só vista de fora. Quem está dentro de água sente-se à vontade e nunca tem frio. Volta sempre para mais uma "surfada".

problema de cores

Sofia de Landerset, 28.01.13

O meu filho mais novo tem 7 anos e um amigo de pele morena e cabelo em carapinha.

Cá em casa, há uma história já com uns anos: Quando era pequena, a nossa filha mais velha chamava aos homens de pele escura "pretos", mas à professora dela, de origem africana, dedicava um carinhoso "castanhinha".

De modo que no outro dia, referindo-se ao amigo não-caucasiano do nosso filho, o meu marido chamou-lhe "castanhinho". Levou logo de volta: "Oh pai, ele não é castanhinho. É mesmo preto!".

Uma pessoa anda aqui às voltas, numa ginástica incrível, para se referir às pessoas de raça diferente de uma forma que não seja ofensiva. Para mim, nunca teve uma conotação negativa referir-me a 'pretos', 'brancos', 'amarelos' ou 'verdes'. Mas parece que tem para os outros, e uma pessoa escusa de arranjar chatices por tão pouco, e foi educada para respeitar a sensibilidade alheia.

(ou pelo menos tenta)

Dá um bocado de trabalho, e confesso que se antigamente não perdia um segundo a pensar sobre a cor da pele de cada um, passou a ser tema de reflexão, mais que não seja para procurar o termo politicamente correcto que substitua adequadamente aquelas cores todas.

A coisa perdeu toda a naturalidade, e a espontaneidade de quem tem 7 anos e é amigo do seu amigo, sem limites nem complicações.

Vem isto a propósito de quem discursa em público e ofende deliberadamente. É abaixo de preto.

Tolerância...

Júlio Reis Silva, 26.01.13

Numa projecção de estilhaços de pensamentos, provocada pelas memórias de viagens passadas, um conceito, uma ideia, esfuma-se frente a uma imagem, tal como alguns ideais se dissipam no embate violento com a realidade.

Tolerância…

Revisito o ideal de tolerância de Rousseau, sedimentado sobre as lições das guerras religiosas, pugnando pela necessidade de garantir tanto a tolerância religiosa como a civil, sob pena dos homens se lançarem uns contra os outros, fazendo-os inimigos do género humano.

A ideia vai perdendo nitidez, despedindo-se com a frase do filósofo Giacomo Leopardi:

“Nenhuma qualidade humana é mais intolerável do que a intolerância.”

 

(Foto tirada em Marraquexe, Marrocos, em Dezembro de 2012, pelo autor…)

 

 

O politicamente correcto na banda desenhada

Flávio Gonçalves, 26.01.13
Nos últimos anos já nos habituamos a que muitas personagens de banda desenhada mudassem de cor de pele e de raça (em adaptações ao cinema e à televisão), de género ou de orientação sexual, personagens heterossexuais durante décadas subitamente são transformadas em bissexuais ou homossexuais por decisão das editoras ansionas por cumprirem com a agenda politicamente correcta dos chamados progressistas.

A vítima mais recente, a valer-nos desta notícia do Independent, será o até agora politicamente incorrecto Judge Dredd - que os progressistas sempre denunciaram como "personagem fascista" desde a sua criação dado o modo extremamente violento, com requintes de malvadez, com que trata os criminosos (o novo filme dedicado à personagem também acabou por atrair as habituais críticas de "fascismo", seja lá o que isso for na mente progressista, mas o guionista já prometeu que a sequela a ocorrer irá explorar a "vertente mais fascista" do juíz).

palacetes e a tropa fandanga

Sofia de Landerset, 25.01.13

'tá lá? É do inimigo?


Há uns anos, a minha filha mais velha foi pedir uma bolsa de estudo lá no politécnico. Começou aí um calvário de papelada que não tem descrição que chegue aos calcanhares da realidade; meses a fio em que faltava sempre mais um documento, um atestado, uma certidão qualquer, e a vaga sensação de estar num qualquer filme esquisito. 

A coisa culminou numa entrevista, mais espécie de interrogatório, durante a qual os senhores da acção social do politécnico descobriram que a minha filha tinha uma progenitora que, entre nomes impronunciáveis, contava com o apelido Corte-Real. 

Salta de imediato a sentença: a menina não precisa de bolsa nenhuma, que "os Corte-Reais têm palacetes em Lisboa".

Assim mesmo, sem tirar nem pôr.

Nunca descobri onde ficavam os meus palacetes, e a bem dizer, ainda bem, que eu não tenho onde cair morta, quanto mais para pagar o IMI dos palacetes.

Quanto ao resto dos 'Corte-Reais', se os filhos precisarem de apoios do estado, já sabem: mais vale dá-los para adopção. 

Entretanto, como não conseguem recusar bolsas a toda a gente porque 'Corte-Reais' há só uns 3648, ficam a matutar em formas de conter os custos com a miudagem.

Devem ser os efeitos das 20 mil caixas de antidepressivos por dia.

Vote no ILHAS SELVAGENS para Blog do Ano 2012

Pedro Quartin Graça, 25.01.13

Com o Risco Contínuo fora da corrida, um blog "da casa" continua contudo com grandes hipóteses de ganhar este concurso promovido pelo Aventar. Mas, para isso, precisa da sua ajuda. É o meu ILHAS SELVAGENS e recebe de braços abertos o seu voto, o de familiares e amigos até às 00.00h de amanhã.
Faça-o aqui, na categoria "Natureza/ Animais / Ambiente". Poderá ter de introduzir um código de validação de segurança para o efeito.
A natureza e as nossas ilhas agradecem! E eu também, claro.

Um Américo Tomás dos novos tempos

Duarte d´Araújo Mata, 22.01.13

 

Imagem retirada do Facebook, AQUI

Consta-me que era prática corrente nos tempos de Américo Tomás, os jornalistas não alinhados com o Regime da Ditadura, aproveitando o pouco espaço permitido pela censura, transcreverem na íntegra partes do discurso do então Presidente da República.

A transcrição integral das frases era, por incrível que pareça, a melhor forma de fazer oposição!

E a censura tinha grandes dificuldades, já que cortar partes do que havia efectivamente sido dito pelo Sr. Presidente da República não era fácil...

Hoje, para mostrar que os automobilistas portugueses já perceberam a mensagem que os novos tempos exigem, de que não é legítimo continuar a desconsiderar peões e ciclistas e a permitir que o automóvel ocupe o espaço de todos, só é preciso fazer exactamente como os tempos de Américo Tomás: Transcrever na íntegra.

O GRAU ZERO da credibilidade

Pedro Quartin Graça, 22.01.13

Portugal pede mais tempo para pagar à troika

Vítor Gaspar pede mais tempo mas ainda não sabe se terá que pagar mais juros e promete regresso aos mercados dentro de "prazo de tempo muito curto".

 

Passos Coelho diz Portugal não pedirá mais dinheiro nem mais tempo à "troika"

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta quinta-feira, que Portugal não vai pedir "um novo programa de ajuda" externa, nem "mais dinheiro" relativamente ao actual, nem "mais tempo" para o cumprir.

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