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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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Palácio de Belém falha protocolo?

Pedro Quartin Graça, 18.02.12

No próximo dia 21 de Fevereiro, será inaugurado o monumento Sala Thai, excepcional honra concedida a Portugal pelo Reino da Tailândia. No âmbito da celebração dos 500 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, a Casa Real tailandesa será representada ao mais alto nível pela Princesa Maha Chakri Sirindhorn que no protocolo daquele Estado, substitui Sua Majestade o Rei Bhumibol Adulyadej.
As relações de Portugal com aquela potência asiática, situadas no quadro da viragem da política mundial que se vai centrando no âmbito das margens do Pacífico, revestem-se hoje de uma extrema importância, facto que o Palácio de Belém não poderá ignorar. Seria desejável a máxima representação do Estado naquela cerimónia que dentro de poucos dias decorrerá em Belém, mas existem informações absolutamente fidedignas acerca de mais uma não-presença presidencial naquele acto. A Chefia do Estado é antes do mais representativa e protocolar, assim se entendendo o seu alegado caracter supra-partidário e simbólico. Embora reconhecendo-se a quimera deste distanciamento numa forma de representação republicana cujos limites são bem conhecidos, a Presidência da República deveria esforçar-se por entender o peso de uma história que conta perto de um milénio. Marcando sempre posição em qualquer reunião empresarial ou do restrito mundo da plutocracia de elite, a Presidência da República tem ignominiosamente descurado os seus deveres protocolares, precisamente aqueles que não se compadecem com crises económicas ou apetites de sector, seja este político ou financeiro.
Sabemos que o Ministério dos Negócios Estrangeiros procedeu a diligências no sentido de proporcionar a máxima dignidade ao acto.  Quando do planeamento da visita da Princesa Sirindhorn, causa estranheza não ter sido prevista uma visita real à iniciativa mais relevante no âmbito das comemorações do V Centenário. Encontrando-se patente na Biblioteca Nacional de Lisboa a importante exposição documental alusiva às relações entre Portugal e a Tailândia, o Estado deveria ter incluído uma visita à mesma.
O Portugal de sempre estará representado nesta excepcional honra que o Reino da Tailândia presta ao seu mais antigo aliado europeu. Na pessoa de S.A.R. o Duque de Bragança, o sucessor do Rei D. Manuel I que há cinco séculos com o Rei Ramathiboti II iniciou as relações luso-siamesas, o nosso país em Belém terá o seu representante legítimo e livre de peias, temores ou más disposições de circunstância.

Manifesto "Instaurar a Democracia, Restaurar a Monarquia": homenagem a Henrique Paiva Couceiro

Pedro Quartin Graça, 09.02.12

 

«És monárquico? És republicano?(... )Não to pergunto.  

  Pergunto-te apenas se és português acima de tudo».

Henrique Paiva Couceiro, , in Profissão de Fé, 1944

 

No próximo dia 11 de Fevereiro passarão 68 anos desde a morte de um homem que nunca desistiu de Portugal: Henrique Mitchell de Paiva Couceiro.

 

Numa altura de desalento e frustração nacional será bom evocar alguém que sempre colocou o serviço ao seu País antes de si próprio; o que ele acreditava ser o bem comum antes dos interesses pessoais.

 

Exaltado pelos seus correligionários, respeitado pelos seus adversários, Paiva Couceiro é um herói português. Muitos outros houveram, felizmente; mas ninguém como o grande comandante dedicou toda uma vida a apenas um objectivo: o direito de escolher. Monárquico convicto, íntimo de El-Rei D.Carlos, foi o último dos resistentes à revolução republicana e que não fora a uma ordem superior a que teve contrariado de obedecer (pois tratava-se de ir proteger a família real), o destino do 5 de Outubro poderia ter sido outro.

 

Caída a monarquia, Paiva Couceiro fez da sua vida a batalha pelo plebiscito: monarquia ou república, ele aceitaria com honra qualquer uma, desde que o povo português fosse ouvido.

 

Morreu abandonado por quase todos, amigos e inimigos, depois de dois exílios impostos por Salazar. Mas sem nunca abdicar do que acreditava. Sem nunca ter desistido de Portugal.

 

Mais de sessenta anos passados a luta ainda é a mesma. E iremos evocar o exemplo de Paiva Couceiro num almoço a ter lugar dia  11, às .13 horas na Adega do Norte(Praça do Norte, Encarnação, Olivais Norte. Telefone :218517206). Convidamos todos os que queiram estar presentes a juntarem-se a nós. Serão lido mensagens da família de Paiva Couceiro, do historiador Filipe Ribeiro de Menezes e do coronel Fernandes Henriques.

 

Afonso Lopes Vieira escreveu: « "É cedo para falar de Paiva Couceiro. Circunstâncias do tempo e da fortuna não deixariam dizer tôda a verdade acerca do heroísmo e da glória da sua vida - do seu martírio também. Por agora apenas pudemos sentir o luto espiritual em que êle nos deixou. E êsse luto provém da convicção, ao mesmo tempo heróica e angustiada, de que êle foi - o ULTIMO!".

 

Não é cedo – é agora. E enquanto o exemplo perdurar, nunca será o último. Pelo menos para aqueles que não querem desistir de Portugal.

 

 

Inscrições para restauraramonarquia@gmail.com. Preço único (ementa completa):13 euros. Devido à capacidade da sala o número de inscrições é limitado a 70 pessoas.

 

Prazo limite de inscrições: até às 13 horas do dia 10 de Fevereiro.

 

O evento no Facebook aqui.

MANIFESTO: INSTAURAR A DEMOCRACIA, RESTAURAR A MONARQUIA

Pedro Quartin Graça, 01.02.12

 

Vivemos dias dificeis. Todos o sabemos. Mas isso não serve nem chega. Se a  resignação é inútil,  a indignação sem objectivo não é um valor em si. É tempo de fazer. É tempo de escolher como fazer.

 

Fazer o diagnóstico das nossas fraquezas é fácil e não é mais do que reiterar o óbvio ululante. Dar uma esperança real é o mais dificil: perante o preocupante enfraquecer das estruturas democráticas; a visível delapidação dos valores morais na política; o estado caótico da nossa justiça e a sua aparente dependência das mais diversas forças de influência; e finalmente (e provavelmente o mais importante) uma ameaça de perda de soberania - os portugueses não têm razões para confiar no seu futuro.

 

Nós, cidadãos portugueses, com as mesmas preocupações com que todos vivemos, queremos dizer: há alternativa. Há soluções que contêm valores.  É isso que nos une. É isso que nos move. É isso que propomos.

 

Perante um regime em liberdade mas em que a verdadeira democracia está ausente, torna-se urgente uma chefia de Estado independente e supra-partidária. Isto só pode ser garantido, zelado e velado por um chefe de Estado eleito pela história. Alguém que, ao olhar para trás, perceba as pegadas históricas e que nos diga de onde viemos. Alguém que, ao olhar para a frente, veja uma continuidade e não uma ruptura episódica, ditada por interesses partidários presos apenas ao espírito do tempo. Alguém que una e não exclua. Um Chefe de Estado que esteja ao serviço da Nação e que não se sirva dela. Portugal precisa de uma Monarquia. Portugal precisa de um Rei.

 

Nós, democratas de sempre, apelamos a uma séria discussão em torno da nossa chefia de Estado. Apelamos a que exista uma mobilização da sociedade civil em torno do debate sobre o regime que, há uma centena de anos, foi imposto ao nosso povo pela lei das armas e precedido de um grave homicídio, que nunca foi julgado. Democratas de sempre, não aceitamos que uma chefia de Estado se legitime na espuma de dogmas passados e vontades impostas, em que ao povo português continue a ser negada a possibilidade de escolher um futuro possível e digno.   A razão democrática e a justiça histórica abona a favor dos nossos príncipios. Da nossa verdade.

 

Acreditamos que o Senhor D. Duarte de Bragança - único e legítimo pretendente ao trono português - poderá dignificar a chefia de Estado portuguesa. Pela história que representa e que nos une. Pela liberdade que garante a ausência total de facturas a qualquer eleitorado ou clientela.  

 

Nós, mulheres e homens livres, empenhados cidadãos portugueses, das mais diversas tendências políticas e partidárias, com os mais diversos credos religiosos, decidimos dar mais este passo para que esta esperança se realize. Acreditar que temos uma agenda ideológica seria negar a independência que nos junta em torno de uma chefia de Estado. Que  nos une pela diversidade e não pela opinião política. A política é uma coisa, o Rei é outra. Esta é a questão.

 

Portugal só poderá ser universal se as instituições mantiverem a credibilidade histórica.

 

Nós, monárquicos, portugueses e  democratas de sempre não desistimos de Portugal.  

 

Assinam:

 

Gonçalo Ribeiro Telles

Abel Silva Mota (advogado)

Aline Gallasch-Hall (docente universitária)

Ana Firmo Ferreira (publicitária)

António Pinto Coelho (empresário)

Filipe Ribeiro de Menezes (historiador)

João Gomes de Almeida (publicitário)

Ivan Roque Duarte (jurista)

Luís Coimbra (engenheiro)

Maria João Quintans (paleógrafa)

Miguel Esteves Cardoso (escritor e cronista)

Nuno Miguel Guedes (jornalista)

Paulo Tavares Cadete (gestor)

Pedro Ayres Magalhães (músico)

Pedro Ferreira da Costa (publicitário)

Pedro Policarpo (economista)

Pedro Quartin Graça (professor universitário)

Ricardo Gomes da Silva (empresário)

 

E-mail: restauraramonarquia@gmail.com