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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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Estrada dos bravos, blog dos livres

O novo Nessie

Pedro Quartin Graça, 19.02.11

O casal britânico Tom Pickles e Sarah Harrington afirmou ter fotografado com um telemóvel uma criatura estranha no lago Windermer, Inglaterra, quando andava de caiaque. Ao britânico ‘Daily Mail’, o casal contou que navegava a cerca de 275 metros da praia, quando viu algo do tamanho de três carros a mover-se rapidamente sobre a água. “Primeiro, pensei que fosse um cachorro”, começou por contar Tom, acrescentando: “Então, percebi que era muito maior e que se deslocava rapidamente”.

O (Des) Acordo Ortográfico

Pedro Quartin Graça, 19.02.11

C:/Documents and Settings/HUGO CASA/Os meus documentos/IM/Runtime/Message/{40A1DCC1-7227-4B82-91BE-7FF1DD4C2901}/Forward\Macaco1.gifNos nossos sete, oito e nove anos tínhamos de fazer aqueles malditos ditados que as professoras se orgulhavam de leccionar. A partir do terceiro erro de cada texto, tínhamos de aquecer as mãos para as dar à palmatória. E levávamos reguadas ou com o ponteiro se fazíamos erros destes: "ação", "ator", "fato" ("facto"), "tato" ("tacto"), "fatura", " reação", etc, etc...

 

Em Latim

Em Francês

Em Espanhol

Em Inglês

Até em Alemão, reparem:

Velho Português (o que desleixámos)

O novo Português (o importado do Brasil)

Actor

Acteur

Actor

Actor

Akteur

Actor

Ator

Factor

Facteur

Factor

Factor

Faktor

Factor

Fator

 

Tact

Tacto

Tact

Takt

Tacto

Tato

Reactor

Réacteur

Reactor

Reactor

Reaktor

Reactor

Reator

Sector

Secteur

Sector

Sector

Sektor

Sector

Setor

Protector

Protecteur

Protector

Protector

Protektor

Protector

Protetor

Selection

Seléction

Seleccion

Selection

 

Selecção

Seleção

 

Exacte

Exacta

Exact

 

Exacto

Exato

 

Excepté

Excepto

Except

 

Excepto

Exceto

Baptismus

Baptême

 

Baptism

 

Baptismo

Batismo

 

Exception

Excepción

Exception

 

Excepção

Exceção

Optimus

Optimum

 

Optimum

 

Óptimo

Ótimo

 

 

Conclusão: na maior parte dos casos, as consoantes mudas das palavras destas línguas europeias mantiveram-se tal como se escrevia originalmente. Se a origem está na Velha Europa, porque é que temos que imitar os do outro lado do Atlântico.

Mais um crime na Cultura Portuguesa e, desta vez, provocada pelos nossos intelectuais da Língua de Camões.

UMA ASSEMBLEIA MUNICIPAL APODRECIDA

Pedro Quartin Graça, 18.02.11

 

Ex-Deputada Municipal do PSD renuncia ao mandato e "arrasa" bancada laranja, denunciando Tratado de Tordesilhas entre as bancadas do PS e do PSD na capital

 

Em post publicado no blog "A Esquina do Rio", de Manuel Falcão, Isabel Goulão, ex-deputada municipal independente pelo PSD, fala de manobrismo político da sua bancada municipal


"Apresentei hoje a renúncia ao mandato de Deputado Municipal. As razões são as que estão neste texto, publicado hoje em «A Esquina do Rio», no Jornal de Negócios. Não fazia sentido continuar com um mandato que deixei de exercer, quando, há um ano, ficou claro que a agenda da Direcção do Grupo do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, e da respectiva Distrital, era diferente da luta por uma Lisboa melhor e com sentido, que os vereadores eleitos da lista a que pertenci se esforçavam por desenvolver.

Custava-me caucionar, pelo silêncio, posições que muito me desagradavam. Esta semana, com a evidência de uma negociata política entre as Distritais do PSD e PS, com o objectivo de calar posições divergentes, achei que já não fazia sentido continuar numa Assembleia que privilegia evitar o debate aberto sem rédeas partidárias, erguendo um muro à sua volta, voltando costas à cidade. Manopras partiodárias destas, como as protagonizadas pela Direcção da bancada do PSD e respectiva Distrital, de facto contribuem para denegrir a imagem da actividade política. Mas são um espelho fiel da realidade partidária. Aqui está o texto em que explico as minhas razões: «Leio, e nem acredito: «Os deputados municipais do PS e do PSD em Lisboa recusaram terça-feira, na assembleia municipal, enviar para discussão pública propostas de reorganização das freguesias, alternativas àquela negociada por socialistas e sociais-democratas».

Aquilo que podia ser uma boa coisa – a diminuição do número de freguesias e uma reordenação da cidade – tornou-se num case study de manobrismo político. Este é o retrato do pior que existe na traficância de interesses partidários, é o retrato da arrogância e soberba das lideranças dos partidos do bloco central na assembleia municipal de Lisboa. Fui eleito, como independente, mas na lista do PSD, em 2009, para a Assembleia Municipal de Lisboa e depois das primeiras reuniões deixei de participar nos trabalhos, solicitando a substituição, em cada reunião, há mais de um ano. Sobre o assunto tenho mantido silêncio, mas há muito que discordo da actuação da liderança do PSD na Assembleia, discordo da sua relação com a equipa de vereadores social-democratas, e discordo da forma como tem sido conivente com um funcionamento perfeitamente inútil da Assembleia Municipal. A minha curtíssima experiência autárquica faz-me desconfiar da utilidade deste órgão – um mini parlamento para auto satisfação oratória de alguns funcionários políticos, que promovem reuniões atrás de reuniões, na generalidade vazias e muitas delas inúteis, para justificar umas senhas de presença e dar uma ilusão de debate.

Só que, como se vê, quando o debate público é preciso, ele é abafado. A Assembleia devia ser o garante da relação com os Munícipes, e não um obstáculo. Com esta decisão a Assembleia Municipal de Lisboa ergueu à sua volta um muro que a separa da cidade. PS e PSD foram os obreiros desta obra, um tratado de Tordesilhas da capital, negociado directa e exclusivamente entre as estruturas distritais dos dois partidos, com a benção de António Costa. Assim sendo não se percebe para que serve a Assembleia Municipal – é uma mera figura de corpo presente. Esta semana entreguei a minha renúncia ao mandato de deputado municipal. No estado em que as coisas estão, não alimento a menor esperança que mudem.»

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