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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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Eleições para que te quero!

João Távora, 30.06.09

Providência cautelar lança confusão sobre eleições do Benfica - Público. A vantagem que o Benfica possui no mercado “futebolístico” – em termos de tamanho, que isso da mística já foi chão que deu uvas - é sistematicamente desbaratada não só por uma gestão duvidosa, mas por uma incompreensível tendência para a autofagia. Por mim, tudo bem!

Irresponsabilidade

João Távora, 30.06.09

Ao que parece não haverá vencedor do campeonato de Juniores em futebol cujo jogo decisivo se disputava em Alcochete no Sábado passado, quando uma trupe de fanáticos invadiu o recinto à pedrada interrompendo o desafio. Duvido que os delinquentes que originaram esta insólita situação saibam tirar ilações da salomónica consequência.  Também me parece lamentável o branqueamento da transgressão por parte da comunicação social em geral: será que os seus interesses comerciais impedem a identificação do grupo de energúmenos que despoletaram a situação?
Não menos deploráveis são as declarações de Rui Costa justificando o sucedido por causa da suposta falta de condições da Academia de Alcochete para o jogo: uma reles artimanha retórica com o intuito de desresponsabilizar os selvagens que impunemente atacaram à pedrada as bancadas do estádio. Neste caso a irresponsabilidade tem uma face.
 

Eléctrico!

Filipe de Arede Nunes, 29.06.09

Sou um admirador da política que tem vindo a ser seguida pelo nosso Governo relativa à aposta nos veiculos electricos e sobretudo com a criação de condições para que estes resultem no nosso país.

Devo ainda dizer, que ao contrário do que acontece com muitas outras temáticas de grande importância para o nosso país (e.g. investimentos em infra-estruturas), julgo que a política energética que tem vindo a ser seguida pelo executivo liderado por José Sócrates está no caminho correcto (embora reconheça que não sou um especialista).

Julgo que é por aqui que devemos andar, sobretudo porque temos de diminuar a nossa dependência relativamente às flutuações do ouro negro nos mercados internacionais e ainda porque este é um bem escasso que findará mais tarde ou mais cedo. 

A propósito de Lobo Xavier

Duarte Calvão, 29.06.09

 

A propósito da entrevista de António Lobo Xavier ao i, para a qual o João Távora chama a atenção, bem como de vários posts que aqui escrevemos sobre as vantagens do PSD e do CDS formarem um só partido, assunto sobre o qual João Gomes também se pronunciou, retorno ao tema, já que hoje é um dia tão bom como qualquer outro para isso e estar de chuva também ajuda. Sei que o sentido prático desta discussão é nulo, já que seria uma enorme surpresa se houvesse coligação pré-eleitoral, que em época de eleições se tem que levar ao rubro o sentido “clubístico” de pertença ao partido, que, se tudo correr bem, haverá uma coligação governamental PSD-CDS em Outubro mas que continuarão a perdurar as visões dos que consideram os partidos “espaços de afectividade” e não instrumentos para exercer o poder da melhor maneira possível. Mas como eu gosto de boas discussões e escrever ajuda-me a organizar o que penso, não largo o tema, independentemente do “aproveitamento” que ele possa ter.
A entrevista a Lobo Xavier é, de facto, muito interessante e começo logo por citá-lo: “O facto de [o PSD e o CDS, nas últimas eleições europeias] terem crescido ao mesmo tempo é uma coisa nova, estávamos habituados aos vasos comunicantes - o que é profundamente negativo. Os militantes do CDS se calhar vão ficar chocados comigo, mas acho que vale muito pouco o CDS crescer à custa do PSD. Agora, pela primeira vez, PSD e CDS cresceram ao mesmo tempo.”
Este crescimento conjunto, e a eventual coligação governamental, propiciam, a meu ver, a época ideal para a fusão dos partidos, numa perspectiva de futuro e não numa “refundação” baseada na crise de um dos partidos, ou mesmo dos dois, com um a pensar que está a ser prejudicado pelo outro devido a uma conjuntura eleitoral negativa que esteja a viver.
Quanto à questão de ser vantajoso para o PSD ter um partido mais à direita, que lhe deixe livre o “centro”, que pode ser ocupado pelo PS, devo dizer que esse tipo de análises “geográficas” me cheira a mofo. Eu sou daqueles para quem esses conceitos de “direita” e “esquerda” há muito deixaram fazer sentido, a não ser em casos extremos (PCP, BE, à esquerda, ou na, felizmente, pouco expressiva extrema-direita portuguesa). Mas não me limito a constatá-lo, tiro consequências disso.
Claro que não me importo nada de ser considerado de “direita”, como geralmente sou, nem tenho nenhum “complexo” de esquerda. Só acho é que é uma classificação demasiado simplista e tenho pena que haja tanta gente, que deveria aprofundar mais as questões, que se contente com “grelhas” de análise tão ultrapassadas. Sou assumidamente pragmático, e vou buscar as soluções que mais me agradam a muitos “quadrantes”, sem preocupações de pureza ideológica ou doutrinais. Como é óbvio, acho que o melhor PSD é aquele que governa assim, sem se preocupar em ser “social-democrata”, “liberal”, “conservador” ou o que quer que seja. Na altura em que era importante diminuir a presença do Estado na política e na economia, Sá Carneiro e Cavaco Silva trataram desse “liberalização”. Mas, por exemplo, seria mau que essa “doutrina” abrangesse hoje uma série de sectores, como a Saúde ou o Património, por exemplo, e aí mais vale que o Estado continue a ter uma forte presença.
Eu sei, e o último post do João Távora vai nesse sentido, que no CDS se bate mais no peito pela direita, que ainda estão vivas muitas feridas do período revolucionário, que ainda há um certo “revanchismo” contra o domínio da esquerda, mas será que isso é mais importante do que trazer para a governação gente com a qualidade de Lobo Xavier (que ainda por cima é monárquico…)? O que eu acho imperdoável é que gente como ele, e há tanta no CDS, passe pela vida do país afastado dos centros do poder político, concentrando-se apenas na carreira profissional (por muito brilhante que seja) sem dar o seu contributo para sermos melhor governados. E, o que é ainda pior, que os lugares que gente como ele deveria ocupar sejam exercidos por medíocres. De qualquer partido…
 

A não perder...

João Távora, 28.06.09

 a desempoeirada entrevista a António Lobo Xavier por Maria João Avillez na edição de fim-de-semana do jornal i. Nela o político, uma das maiores promessas da politica nacional, anuncia para breve o seu retorno à politica activa. Quanto a mim ele é uma promissora reserva do CDS que alimenta as expectativas de muitos num futuro mais ambicioso para o partido de Amaro da Costa, Adriano Moreira e Francisco Lucas Pires. 

 

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