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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

Até sempre

Ana Vidal, 20.03.09

Caros amigos riscadores e comentadores:

 

Também eu vou sair do Risco Contínuo, por razões meramente pessoais. Fui muitíssimo bem recebida nesta casa e guardarei, acreditem, as melhores recordações de todos. Foi uma experiência rica e desafiante que agradeço sobretudo ao João Távora, que me convidou a integrar esta equipa mesmo conhecendo as minhas posições bastante liberais. O pluralismo é das coisas que mais aprecio e foi muito estimulante, para mim, discutir ideias neste forum.

 

Desejo tudo de bom ao Risco Contínuo e a todos os riscadores - os já residentes e os que virão - e continuarei a passar por cá, agora como comentadora.

 

Até sempre.

Carreirismo

João Eduardo Severino, 19.03.09

Eu sou cristão. Já tenho dúvidas se serei democrata. Ano após ano, só tenho sentido vergonha do comportamento que os políticos ditos democratas têm sustentado perante a sociedade. Corrupção a todos os níveis. Compadrio e fraudes em catadupas. Roubos e abusos do erário público q.b. e actos repugnantes de vil descaramento. Na altura em que George W. Bush decidiu invadir o Iraque veio anunciá-lo aos Açores com a passadeira vermelha estendida pelo primeiro-ministro Durão Barroso. A guerra foi mais uma vergonha mundial. Um amigo meu disse-me: "Olha, o Durão acabou com a sua carreira política com esta parvoíce de dar cobertura à invasão". Respondi-lhe que o mundo é dos "chicos-espertos" e que Durão teria uma carreira auspiciosa. Acertei.

Se alguém tinha dúvidas que o homem depois de fugir daqui ainda iria ser contemplado com mais um mandato na Comissão Europeia, ora tomem lá!

Dia do pai

João Távora, 19.03.09

O Diário de Notícias apresenta hoje uma abordagem da efeméride pela perspectiva da paternidade precoce, o pai adolescente, herói anónimo prematuramente confrontado com a responsabilidade de sustentar e formar a sua descendência. As alternativas no enfoque seriam para além da paternidade regular que "não é notícia", a perspectiva que eu conheço melhor: a do pai tardio e entradote, confrontado com noites em claro, sustos, fraldas e bolsadelas no teclado do computador. A experiência possui uma magia e encanto muito próprios, para lá dos sintomas de cansaço, cabelos brancos e dumas pontadas nas costas de vez em quando: estou proibido de me acomodar, conformar, enfim envelhecer. Viva eu!

Boa noite a todos!

José Abrantes, 19.03.09

Por total incompatibilidade entre a minha vida profissional e emotiva e o trabalho para blogues, aqui termino a colaboração no risco contínuo. Obrigado a todos os que de algum modo tenham apreciado os meus textos, opiniões e imagens, aos que me depreciavam, com mais ou menos adjectivos, que sofram menos dos dentes, se tal era o caso!

 

Última imagem postada pelo autor

Dia bonito!

José Abrantes, 19.03.09

Hoje desaparecem os pulhíticos, traficantes de droga e outros cadastrados! Os banqueiros cairam numa fenda do solo que os engoliu! O ambiente tornou-se de novo respirável, o buraco do ozono fugiu e o Papa foi lanchar com bispos recém-perdoados em locais que não interessam nem ao menino Jesus!!

Tanto e belo silêncio respeita o Dia do Pai! Dos poucos "dia do" que contam pouco para os comerciantes, visto que os presentes são amorosamente feitos pelos próprios filhos, e o porta-chaves em pseudoplasticina que os meus me deram hoje vale mais do que o buraco financeiro do Banco dos Ricos!

Amanhã volto a ralar-me com coisas!

 

Imagem - Autoretrato do autor com o seu filho mais novo

O anticlimax

João Távora, 19.03.09

A poucos dias da final no Estádio do Algarve, não sei o que passou pelas cabecinhas da organização da Taça da Liga para juntarem Nuno Gomes e João Moutinho, qual harmonioso casalinho, numa conferência de promoção do evento. Tratou-se duma descarada mariquice rematada no final com beijinhos e abraços entre as melenas do Nuno Gomes. Assim não vamos lá (ao estádio, claro).

Quer isto dizer que a Liga de Clubes não percebe nada da poda: para encher o estádio e pôr o país a roer as unhas com um derby entre os arqui-rivais Benfica e Sporting bastam umas provocaçõezitas e uns vitupérios brandidos por ambas as partes da contenda. O futebol fala grosso, pica na barba e é politicamente incorrecto. Deixem-se de tangas!

A questão do preservativo

João Távora, 18.03.09

Qualquer dia sou preso ou fazem-me uma espera mas eu não me importo: na adolescentocracia em que vivemos, compreende-se que a mensagem do Papa menosprezando a eficácia do preservativo como remição do flagelo da sida seja a priori rejeitada. Mas talvez um pouco de boa fé e uma pequena parte da nossa consciência nos ajudem a chegar lá: a questão da sida só será verdadeiramente mitigada e debelada através de uma adequada educação sexual, por via da difusão de exigentes valores civilizacionais, como a castidade, a fidelidade entre marido e mulher  - ou entre parceiros sexuais, para ser mais politicamente correcto - e a monogamia, em contraste com uma cultura de promiscuidade e de hedonismo que nem a lonjura e o calor dos trópicos justificam.

Muitos dos que se chocam com a exigência desta mensagem, preferem nela ver um farisaico encolher de ombros face à propagação da “pandemia africana”. Para anunciar fórmulas de facilitismo estão cá os políticos. A Igreja ensina, na dignidade da pessoa humana, uma via mais difícil, mais estreita e seguramente menos rendosa. Mas nem por isso menos necessária e verdadeira.

A respeito da eutanásia, a grande causa do reverendo Louçã...

João Távora, 18.03.09

escreve André Azevedo Alves no Insurgente: (...) Poucos acreditarão que a iniciativa (do Bloco de Esquerda) visa, efectivamente, combater a “obstinação terapêutica” mas há um aspecto da mensagem de Louçã que é inteiramente credível. Historicamente, o socialismo nunca foi particularmente eficaz a proporcionar o acesso dos cidadãos à larga maioria dos bens e serviços, mas revelou-se sempre terrivelmente eficaz a garantir o “acesso livre e informado à morte” (...). Leia tudo aqui.

Católicos de ocasião

João Távora, 18.03.09

O jornalista Luís Osório, que ontem no Rádio Clube Português a respeito de não sei quem que o desiludia afirmava-se simpatizante da  maçonaria, declarou esta manhã no mesmo programa que, como católico, sentia-se envergonhado com as afirmações do Papa sobre a estafada questão dos preservativos.

Eu por mim, acho surpreendente a facilidade com que despontam católicos quando é para dizer mal da Igreja. Onde é que eles estão quando é para fazer obra e arriscar um caminho?

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