A tenda
Ontem, no Parlamento, o Governo foi confrontado com os gastos sumptuosos espelhados através de uma tenda que é armada cada vez que o primeiro-ministro se lembra de mais uma jornada de propaganda, perdão, cerimónia de assinatura de contrato para uma obra pública. Paulo Rangel acusou o Executivo de Sócrates de gastar cerca de 500 mil euros em cada cerimónia da especialidade. A terreiro defensivo saltou o ministro Mário Lino, que depois de almoço vocifera umas frases pouco perceptíveis e das quais se conseguiu perceber apenas que contestava a acusação dizendo que as cerimónias têm custado cerca de 50 mil euros. Ao fim da tarde, e antes que os jornais trouxessem mais uma manchete com outro 'pinóquio', o Ministério das Obras Públicas emitiu um esclarecimento, no qual se ficou a saber que, afinal, Rangel tinha razão. O dispêndio é de 500 mil euros para os comes e bebes... mas o Ministério emenda as más-línguas dizendo que o meio milhão inclui toda a promoção e informação devida ao empreendimento. Pois...