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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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O vergonhoso Serviço Público da RTP!

José Aníbal Marinho Gomes, 01.01.14

Entre as 14h14m e as 15h49m foi para o ar um programa intitulado "Conversa de gente grande", adaptação do programa argentino Agrandadytos, trazido pela Eyeworks e que no Brasil foi exibido pela rede Bandeirantes. A RTP classifica este programa como sendo de entretenimento descontraído e divertido para toda a família e pretende pôr crianças a conversar, entrevistar e participar em situações em que são tratadas não de uma forma infantil mas sim como "gente grande".

Até aqui tudo bem, o que está mal é o tipo de perguntas que são colocadas às crianças, cuja idade não ultrapassa os 9 anos.

Ouvi duas perguntas e nem queria acreditar no que acabava de escutar.

A primeira foi se concordavam com o casamento entre pessoas do mesmo sexo e uma outra era sobre se preferiam ter dois pais ou duas mães. Não ouvi mais!

Peguei no telefone e comecei a ligar para RTP no sentido de apresentar o meu protesto, não pelo programa em si, mas pelo tipo de perguntas que eram feitas a crianças com esta faixa etária. Não tive sucesso uma vez que o serviço de relações públicas estava encerrado, pelo que só amanhã poderei apresentar verbalmente o meu mais veemente protesto. No entanto vou fazê-lo hoje mesmo via e-mail.

Como é possível que uma televisão paga com o meu dinheiro transmita programas com um objectivo bem determinado, que passa por influenciar crianças, fazendo-lhes crer que a homossexualidade é “o normal” numa sociedade, assim como é normal o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo?

Relativamente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, já me pronunciei várias vezes no jornal “O Povo do Lima”, pelo que não vou repetir aquilo que já disse. No entanto, antes que seja acusado de homofóbico, volto a realçar que nada tenho contra quem é homossexual, mas tão-somente que não concordo que quando duas pessoas do mesmo sexo pretendam estabelecer um vínculo entre si, esse mesmo vínculo tenha a designação de casamento, uma vez que esta, é em meu entender, privativa dos casais heterossexuais.

Se são estes os valores que a televisão pública pretende transmitir às nossas crianças estamos conversados…

Não compete a um canal público de televisão influenciar crianças numa idade em que ainda estão a formar a sua personalidade.

Por isso, apelo a todos os pais que estejam com muita atenção aos programas que são transmitidos pela RTP, antes de permitirem que os seus filhos assistam aos mesmos.

A nossa sociedade pensa estar a evoluir, mas na verdade está a “involuir”, pois vive uma realidade interna que é a da auto-destruição de determinados valores e de princípios éticos e morais.

E assim começa bem o Ano na RTP, nesta república das bananas.

 

 

prime time sócrates

Sofia de Landerset, 22.03.13

 

Já se escreveu tudo sobre a notícia com que acordámos ontem: o regresso de José Sócrates, em versão comentador político na RTP.

Esgrimiram-se argumentos contra e a favor, fizeram-se as piadas do costume, planearam-se manifestações e comités de boas vindas.

Hoje, no rescaldo da excitação de ontem, temos dois números: 100.000 cidadãos assinaram uma petição contra, e 3.000 a favor da presença de Sócrates na RTP.

(a última petição que tinha mobilizado números parecidos vinha em defesa de um cão que tinha morto uma criança)

Imagino que José Sócrates esteja, no mínimo, deliciado com a situação. Não se limitou a abrir os telejornais todos, ontem à noite, sem ter de mexer uma palha para conseguir uma enorme exposição mediática; não se limitou a mobilizar tudo o que era comentador, analista e 'guru' da opinião; não se limitou a provocar reacções - e acções, no caso do CDS - de vários quadrantes políticos.

Fez muito mais do que isto.

Sócrates fez chorar a Dona Isabel.

A Dona Isabel ia no mesmo autocarro que eu, esta manhã. Sentada no lugar mesmo atrás do motorista, que ela tratava por Miguelito. O Miguelito tinha sido colega de escola do filho da Dona Isabel, o André. A Dona Isabel tem imensas saudades do filho. Sem perspectivas de futuro em Portugal, o André abalou para a Alemanha há ano e meio.

As lágrimas rolam pela cara da Dona Isabel abaixo, ao mesmo tempo que amaldiçoa o regresso do 'Sórcates'. O 'Sórcates' que "rebentou com isto tudo, e agora vem praí receber da televisão pra fazer pouco do povo".

A Dona Isabel está-se a borrifar para a liberdade de expressão e para as petições na internet. Tem saudades do filho.

E naquele momento, eu também.

 

 

 

'Serviço público' vs público

Sofia de Landerset, 05.01.13
"O Estado garante a existência e o funcionamento de um serviço público de rádio e de televisão".

Isto é o que diz a Constituição da República Portuguesa, no artigo 38º, nº 5. 

E eu sou daquelas pessoas que acham que as regras devem ser respeitadas, por uma questão de princípio. 

Mas há alturas em que os princípios colidem com a realidade.

É que já não estamos em 1974. Em 1974 não havia internet. Não havia televisão por cabo. E não havia pseudo-vedetas a ganhar balúrdios para fazer figuras de gosto duvidoso, em programas de gosto ainda mais dúbio.

Convém explicar que não sou jurista, que não percebo nada de gestão de empresas e muito menos de conteúdos de televisão.

Mas trata-se aqui de 'serviço público', e eu tenho uma casa cheia de 'público'.

(tanto que deve dar créditos suficientes para um doutoramento)

O público cá de casa está-se borrifando para a RTP. Não vê a RTP há anos. Nem sequer sabe dizer o nome de um só programa da RTP.

Os amigos e conhecidos do público não vêm a RTP. Também não sabem dizer o nome de um só programa da RTP. A sério, eu perguntei.

"Ah mas e os emigrantes, e os velhotes nas aldeias, e quem não tem televisão por cabo, esses vêm a RTP."

E em que é que a RTP que vêm agora seria diferente da RTP que veriam se a coisa fosse privatizada? Mudava alguma coisa? Se calhar as pseudo-vedetas tinham de mudar de esquina. Olha que chatice.

"Ah mas o Estado tem de assegurar uma informação isenta, tem de promover a cultura, difundir a língua portuguesa." 
Claro. Basta consultar a programação da RTP1 para perceber isto.

"Ah mas os teus filhos não são exemplo do espectador típico da RTP."

Pois não. São uns meninos elitistas e altamente intelectuais. Uma delas é tão intelectual que numas férias de verão viu as 11 temporadas do Friends de enfiada. Na net.

Por mim, estão à vontade para cumprir a Constituição. Mas fazem o favor de a cumprir toda. E escusam de gastar tanto dinheiro a cumpri-la.

Abram um canal no youtube.


PSD cai nas sondagens E 30% ADMITE MUDAR SENTIDO DE VOTO

Pedro Quartin Graça, 17.09.09

 

 

 

 

 

Sondagem (Antena1/RTP/JN/DN) revela PS com 38% e PSD com 32% das intenções de voto A consulta foi feita depois dos debates televisivos entre os líderes partidários. A sondagem da Universidade Católica feita para a Antena 1, RTP, JN e Diário de Notícias, coloca o Partido Socialista na frente das intenções de voto, com 38%, com o PSD a seis pontos percentuais obtendo 32%. O Bloco confirma o estatuto de terceiro partido, com 12%, ficando CDU e CDS-PP empatados nos 7%.

RTP emenda a mão

Pedro Quartin Graça, 08.09.09

A RTP resolveu "emendar a mão" e vai dar mais tempo de antena aos ditos partidos extra-parlamentares. É verdade que isso não apagará o facto de, há duas semanas ter, lamentalvelmente e sem explicação, favorecido uns em detrimento de outros aquando do debate na RTP-N (ficaram de fora o MPT, o PH ou a FEH, se preferirem, o POUS e o PNR, pelo menos...). Mas fica bem a José Alberto Carvalho organizar um "Prós e Contras" com os 10 partidos que não têm assento em S. Bento. Vamos ver se é desta vez que há mais e melhor critério na distribuição dos lugares e no tempo das intervenções. Neste aspecto Fátima Campos Ferreira não é, decididamente, exemplar. O último debate para as Europeias aí está para o ilustrar. Será assim tão difícil ser isenta?

 

RTP - Serviço Público?

Pedro Quartin Graça, 02.09.09

 A informação da RTP já teve melhores dias. Ultimamente é a "lei da rolha". A última do Director de Informação do canal público, José Alberto Carvalho, foi a de fazer um debate com os partidos extra-parlamentares. Mas será que a RTP convidou todos os partidos? Não! A verdade é que só alguns foram escolhidos. De fora ficaram o POUS, o PH e o MPT (ambos coligados na FEH  - Frente Ecologia e Humanismo) e 2 dos partidos com melhor votação na recente eleição para o Parlamento Europeu. Qual foi o critério? Bem, esse só José Alberto Carvalho sabe qual é! Seguramente um excelente critério jornalístico como sempre acontece quando se viola a legalidade.

O que se passa RTP?

Pacheco Pereira e a RTP

João Gomes de Almeida, 17.04.09

"Se alguém tivesse dúvidas sobre a governamentalização da RTP e da evidente intencionalidade política do seu noticiário, - e eu acho que praticamente ninguém tem -, poderia tirá-las hoje. Compare-se o modo completamente distinto como a RTP tratou o lançamento da candidatura de Vital Moreira e de Paulo Rangel, repescando, no caso do PSD, para passar a seguir à sua apresentação, ainda este estava a falar, uma frase de Marcelo com quinze dias, mas que serve para neutralizar o anúncio, ou para o tornar contraproducente. Trabalho profissional, política de assessor de imprensa do PS, que nada tem a ver com o jornalismo. Esta gente não brinca em serviço. Já não tem vergonha e nem sequer disfarça."
 

Pacheco Pereira no Abrupto

 

Pode o telejornal da RTP até ser tendencioso em favor do governo e do Partido Socialista. Mas Pacheco Pereira não se pode esquecer da vergonha que foi a cobertura do congresso do PS por parte da TVI, que naquela altura havia acabado de estrear a TVI24. Ninguém pode negar que a TVI é laranja, até porque lhe está estampado no logótipo.

 

Mas de qualquer forma a TVI não é do estado - trata-se de iniciativa privada. A RTP sim é do estado e ao que parece, para demonstrar o seu distanciamento editorial relativamente ao governo, deveria dar pancada no PS e fazer mais alarido do que fez na apresentação da candidatura de Paulo Rangel.

 

Acontece que a escolha de Paulo Rangel é uma escolha de segunda linha. Trata-se de uma pessoa sem carisma e pouco conhecida dos portugueses. Paulo Rangel não é menos notícia por ser candidato do PSD, o candidato do PSD é que é menos notícia por ser o Paulo Rangel.