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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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Estrada dos bravos, blog dos livres

Tudo como dantes: quartel general em Abrantes

João Távora, 21.07.09

Ontem num indolente zapping pelos canais de notícias entre as 22,00 e as 23,00 (período do dia em que às vezes eu consigo desacelerar) deu para perceber que este ano o Benfica, com as suas messiânicas contratações, é uma vez mais o campeão da pré-época titulo a que já nos vem habituando. O povo exulta. Depois dos especialistas escalpelizarem interminavelmente o auspicioso momento do “Clube da Luz”, ainda sobrou uns minutos para um comentário ao inevitável Futebol Clube do Porto (uma maçada), e para invectivarem sobre o passado do Sporting, que este ano não tem casos para grandes manchetes e vender jornais. 

Ao fim de uns anos de por aqui andar, quem tiver memória apercebe-se facilmente como estes debates e considerações são completamente fortuitos e irrelevantes. Ainda não percebi porque é que esta tropa de comentadores desportivos não fazem como eu e metem umas semanitas de férias para arejar a cabeça: a nova época não tarda vai mesmo começar e eu já tenho o meu lugar em Alvalade para ver a bola que é disso que eu gosto. Para conversa de chacha não tenho pachorra. 

Ler os outros (sobre as declarações de Jardim)

João Gomes de Almeida, 21.07.09

"Os constituintes de 1975 - ainda sob o peso do PREC e dos capitães de Abril pouco dados à lógica aristotélica - entenderam consagrar constitucionalmente essa proibição das organizações fascistas sem se darem ao trabalho de as definir em substância e conteúdo. Pensavam com certeza que sendo o "fascismo" o mal absoluto, os fascistas seriam facilmente reconhecíveis - pelas garras afiadas, dentes carnívoros, olhos tresloucados - e facilmente afastados pelos bons democratas. Como o demónio pela água benta!
Ora o que está em jogo em tudo isto - e nessa matéria a iniciativa de Jardim tem mais importância que o escândalo a que a querem reduzir - é a questão da equivalência moral dos passados e dos métodos.
Que têm os simpatizantes dos bolcheviques da guerra civil russa de moralmente superior aos militantes das S.A.? E serão as dezenas de milhões de mortos do comunismo soviético e maoista, menos dignas que as vítimas do hitlerismo? E os carrascos mais nobres e inocentes?
E não procuraram - e conseguiram, durante décadas - os comunistas tomar o poder pela violência na Europa e por todo o mundo?
É evidente que não vemos os comunistas portugueses hoje, a assaltarem o poder de faca nos dentes, ou a massacrarem burgueses no Campo Pequeno. Mas tão pouco existem sicários da ordem negra, a destabilizar a ordem democrática.
Por isso, ou se proíbe tudo - o que além de complicado é capaz de ser pouco prático - ou há moralidade, e riscam-se da Constituição absurdos e datados interditos ideológicos."

 

Jaime Nogueira Pinto, no "I"

O Simplex e o mal menor

João Gomes de Almeida, 21.07.09

O meu amigo João Villalobos falou-me ontem do Simplex. Não pensem que vos falo da invenção simplória e provinciana de José Sócrates, mas sim de um blog. Como alguém dizia (e eu não me lembro mesmo quem era) um blog é a voz daqueles a quem não pediram opinião. É triste constatar este facto, mas nós bloguers temos que viver com isto.

Em Portugal (e falando da blogosfera política) há três tipos muito distintos de blogs. Blogs ideológicos como o 31, o Insurgente ou o Arrastão, blogs pessoais como O Afilhado e blogs de ocasião como o Simplex. 

O maior problema dos blogs de ocasião, na maioria das vezes, é serem uma grande confusão. Serem uma confusão do ponto de vista do tipo de argumentação que cada um dos seus colaboradores utiliza, mas mais importante do que isso, serem uma confusão por misturarem interesses. Esse é aparentemente o problema do Simplex.

Ao nascer o Simplex nasceu mais uma feijoada ideológica, que decidiu misturar aparelhistas e intelectuais. Aqueles que defendem a vitória do PS por uma questão clubística e aqueles que defendem a vitória do PS por ser um mal menor. A esquerda vive com medo da direita e vice-versa - daí nasceu o Simplex. Parece simplex de compreender.

Ensino!

Filipe de Arede Nunes, 21.07.09

É grave o estado da educação em Portugal. Este exemplo, é meramente ilustrativo de uma realidade que todos, melhor ou pior, conhecemos através de numerosos casos reais.

A educação não pode ser uma estatística, sobretudo porque estamos a formar verdadeiros analfabetos e jovens incapazes de pensar pelas suas próprias cabeças.

Não há sucessos (como o caso recente das olimpíadas da matemática) que nos possam fazer pôr a cabeça debaixo da areia e fingir que está tudo bem. Urge tomar medidas que façam aumentar o nível de exigência do nosso ensino. É o nosso futuro que está em risco.