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Risco Contínuo

Estrada dos bravos, blog dos livres

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Ler os outros (2)

João Gomes de Almeida, 04.05.09

"É certo que as sondagens da Católica costumam falhar redondamente nas previsões sobre o CDS. Porém, a serem verdadeiros os 2% de votos nas europeias do estudo publicado ontem, pode estar tudo em causa, a começar pela liderança de Paulo Portas. O que me leva a repetir que Paulo Rangel foi a melhor escolha de Manuela Ferreira Leite para cabeça de lista do PSD. O seu perfil entra como faca na manteiga do eleitorado do CDS e garante votos ao centro."

Paulo Pinto Mascarenhas

AH1N1: o triunfo dos porcos

João Távora, 04.05.09

Ao início a ameaça de uma epidemia denominada de Gripe Suína pareceu-me um furo mediático, adequado às mais bem sucedidas parangonas da história do jornalismo alarmista. Comparando com a “das aves” este “produto” estava condenado ao sucesso noticioso e a bater todos os recordes de primeiras páginas sem bliscar nenhum dos tabus "politicamente correctos" da moda.
Agora, não sei se por pressão da classe (suína) ou por puritanismo estético, os sensores da OMS decidiram chamar-lhe gripe A, ou pior ainda, AH1N1 que não dá jeito nenhum. Ao menos espero que a medida ainda salve alguns porcos do preconceito e da suínofobia, que eu gosto muito deles no cozido e na feijoada. Mesmo constipados!
 

A urgência do final dum ciclo

João Távora, 04.05.09

Começo esta pequena crónica por uma "não notícia": após o longo bocejo que foi o campeonato de futebol que agora está prestes a terminar,  o Porto com todo o mérito prenuncia-se uma vez mais campeão nacional. Com falta de qualidade, competitividade e um calendário inaudito, em que pontificaram várias interrupções de duas e três semanas a quebrarem o ritmo e o interesse, o maior evento desportivo nacional está em perda consolidada de popularidade: tornado num espectáculo previsível e pouco emotivo, as bancadas perderam espectadores, e como consequência alguns clubes debatem-se com a eminente falência.
A primeira página do Público de ontem pareceu-me bem sintomática do diagnóstico que exponho: na sequência de uma jornada decisiva em que os dois grandes de Lisboa cumpriram (desastradamente) os seus jogos, o diário ostentava na capa uma grande fotografia alusiva à vitória do Barcelona ao Real de Madrid. Com a democratização da oferta de futebol espectáculo na TV (mesmo que desprovido da paixão clubista), o espaço para a mediocridade doméstica é cada menos sustentável. 
Assim parecem-me prementes algumas medidas para recuperar a espectacularidade do campeonato e estancar o seu progressivo divórcio com o público. Das mais óbvias destaco a promoção de um calendário de jogos racional, jogos à luz do dia e bilhetes mais baratos que incentivem as famílias a irem aos estádios. No entanto o problema maior está na incompetência da gestão dos clubes: nada funcionará sem que o campeonato recupere alguma competitividade e imprevisibilidade - a essência e o fascínio de qualquer espectáculo.